7 de setembro de 2024
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Ocorrência

Captação de água no Rio Cubatão é reativada pela Prefeitura de Joinville

Processo de tratamento da água e redistribuição aos reservatórios ainda deve levar algumas horas

A Prefeitura de Joinville e a companhia de saneamento Águas de Joinville reativaram a Estação de Tratamento de Água (ETA) Cubatão às 6h10 desta terça-feira (30). A captação de água do Rio Cubatão foi retomada após ser interrompida nessa segunda-feira (30) após um caminhão carregado com ácido sulfônico tombar e derramar o produto químico tóxico nas águas que abastecem 75% da cidade.

De acordo com a Prefeitura, durante toda a madrugada, técnicos da Companhia seguiram fazendo a análise das amostras de água coletadas a cada meia hora no local onde é feita a captação.

Às 5h, a concentração de ácido sulfônico na água foi de 0,3 mg/L; às 5h30, foi de 0,29 mg/L; e às 6h foi de 0,33 mg/L. Considerando que o recomendado é abaixo de 0,5 mg/L e as três últimas amostras apresentaram este resultado, a ETA Cubatão foi religada.

 

Neste momento, está sendo feito o processo de tratamento da água, que leva entre 1h30 e 2h. Após a conclusão do tratamento, a água passará por um novo teste laboratorial para atestar sua qualidade. Somente após o resultado deste teste ela começará a ser distribuída para abastecer os reservatórios.

Acidente na Serra Dona Francisca

A população de Joinville, no Norte de Santa Catarina, foi surpreendida quando um caminhão carregado com ácido sulfônico colidiu contra um barranco no KM 14 da SC-418, na Serra Dona Francisca e o produto acabou vazando até o Rio Cubatão. As águas ficaram cobertas de uma espuma branca e densa, que chegou tomar parte da rodovia.

Na indústria química, o ácido é utilizado como matéria ativa na elaboração de detergentes, xampus e cremes dentais. O alto potencial como componente espumante pode ser visualizado pela produção de uma grande quantidade de espuma com alta densidade no leito do rio.

Segundo a Prefeitura de Joinville, a substância é biodegradável em todo o processo de fabricação e produção, resultando em compostos que não são nocivos. Sua taxa de biodegrabilidade é superior a 98%. “O fechamento foi justamente para que a substância não entrasse no nosso sistema de tratamento, garantindo assim que toda a água já tratada possa ser consumida normalmente”, destacou o prefeito de Joinville, Adriano Silva.

 

Fotos: PMJ/Divulgação