16 de setembro de 2024
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Saúde

Casos de dengue em Santa Catarina em 2023 já ultrapassam números de 2022

Casos de óbito também preocupam e já registram, no mês de julho, apenas
uma morte a menos do que em todo o ano de 2022

O ano de 2023 já registra mais casos confirmados de dengue no estado de Santa Catarina do que em todo o ano passado. São 96.040 casos constatados somente até o mês de julho, contra 83.276 registrados durante todo o ano de 2022. O número de 2023 representa um aumento de 15%, com 12.764 casos a mais do que 2022, por enquanto.

De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde, a tendência é de que a diferença aumente ainda mais em 2023, não apenas porque ainda restam cinco meses para o fim do ano, mas também porque há, no momento, 16.618 notificações de casos suspeitos.

Com relação aos óbitos por dengue, 2023 também tem dados preocupantes. Até julho, foram confirmadas 89 mortes pela doença e seis ainda seguem em investigação. Durante todo o ano de 2022, foram registrados 90 óbitos pela doença.

 

“A magnitude da transmissão da dengue no Estado de Santa Catarina nos últimos anos está diretamente relacionada com a disseminação do mosquito Aedes aegypti. E infelizmente, o número de óbitos é elevado, tanto em 2022 como neste ano. A dengue é uma doença que pode evoluir para a gravidade. Assim, é fundamental que as pessoas busquem um serviço de saúde diante da presença dos sintomas da doença”, alerta João Augusto Brancher Fuck, diretor da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive).

Segundo a Dive, houve uma redução dos casos notificados e confirmados nas últimas semanas, mas a Diretoria destaca o alerta contra a doença, pois o mosquito pode se reproduzir ao longo de todo o ano. Apesar da queda, os casos continuam sendo identificados até o momento.

“Mesmo com a chegada do inverno, o estado tem registrado dias quentes e muito chuvosos. O cenário segue propício para o ciclo de reprodução do mosquito. Por isso, mais uma vez, lembramos a população da importância de não descuidar e manter o hábito de vistoriar sua casa, quintal e ambiente de trabalho pelo menos uma vez por semana para eliminar locais que possam acumular água e servir de criadouro para novos mosquitos”, destaca Brancher Fuck.

Sinais e sintomas

Os sintomas da dengue são: febre, dor de cabeça, dores musculares e nas articulações, dor atrás dos olhos e manchas vermelhas na pele. Podem ocorrer também náuseas e vômitos. Ao apresentar sinais e sintomas, deve-se procurar atendimento em um serviço de saúde. A hidratação intensa é uma das principais medidas de manejo na dengue, sendo importante que as pessoas com sintomas se hidratem desde o momento de espera pelo atendimento.

O controle do Aedes aegypti ainda é a melhor estratégia para evitar a transmissão de dengue, febre de chikungunya e Zika vírus. Uma vez por semana vistorie sua casa e seu ambiente de trabalho. Elimine locais com água parada.

Chikungunya e Zika

Além da dengue, casos de chikungunya também tiveram aumento em 2023. Até o momento, já foram confirmados 44 casos, sendo que, destes, 16 foram contraídos em Santa Catarina. Em 2022, foram confirmados 25 casos, sendo 3 autóctones.

Com relação ao Zika vírus, também transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, Santa Catarina registrou 185 notificações até o momento, mas nenhuma dessas suspeitas foi confirmada.

Ações de combate

A Secretaria de Estado da Saúde alega que tem reforçado as ações para prevenção da doença juntamente com os municípios. Entre as medidas justificadas pela Secretaria estão “o envio de mensagens SMS, para moradores cadastrados no sistema de avisos da Defesa Civil do Estado, alertando sobre a situação da dengue”. O Estado também afirma ter disponibilizado um montante de 10 milhões de reais para a ampliação dos serviços de atendimento aos pacientes com dengue nos municípios.

Segundo a Dive, ações de distribuição e aplicação de inseticidas e larvicidas são feitas para bloqueio de transmissão, bem como a aplicação residual em pontos estratégicos de combate e visitas técnicas a municípios.

Foto: Reprodução