27 de fevereiro de 2025
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Paulo Chagas

Ceron e ex-secretários são condenados no âmbito da Operação Mensageiro

Ex-prefeito de Lages, Antonio Ceron (PSD), foi condenado há mais de nove anos de prisão, ressarcimento de dinheiro aos confres públicos e ainda se torna inelegível por oito anos / Foto: Ascom PML

Em julgamento nesta quinta-feira (27), o ex-prefeito Antonio Ceron e os ex-secretários Antonio Arrunda (Administração e Fazenda) e Eroni Delfes (Serviços Públicos e Meio Ambiente), foram condenados no âmbito da Operação Mensageiro. No entendimento dos desembargadores, a pena imposta ao ex-prefeito Ceron é de 9 anos, 8 meses e 6 dias de prisão. Além disso, terá de pagar 36 dias de multa. Enquanto isso, cada um dos dois ex-secretários foram condenados a 24 anos, um mês e 10 dias, em razão do crime de corrupção ativa, passiva e por organização criminosa. Por outro lado, outros seis réus, representantes da empresa Serrana Engenharia, tiveram condenações distintas, que variam de 10 a 12 anos de prisão. Todos os condenados, permanecem em liberdade, e poderão recorrer da decisão.

Direitos políticos

Dentro da condenação, também ficou decidida a perda dos direitos políticos de Antonio Ceron, pertencente ao PSD, por oito anos. Além disso ainda terá de ressarcir os cofres públicos. O mesmo vale para os ex-secretários. No que diz respeito ao ressarcimento de dinheiro, Antonio Arruda, foi condenado à devolução de R$ 1,9 milhão, enquanto que Delfes terá que devolver cerca de R$ 115 mil.

Operação Mensageiro

A Operação Mensageiro é uma investigação que começou em dezembro de 2022 e está focada em desvendar um esquema de corrupção em Santa Catarina, Brasil. A operação prendeu 17 prefeitos e outros agentes públicos, investigando principalmente o desvio de verbas públicas nas áreas de coleta de lixo e saneamento.

Propinas em licitações

A investigação apontou que uma empresa catarinense pagava propinas para obter licitações. O prefeito de Lages, Antônio Ceron, chegou a ser preso durante a segunda fase da Operação Mensageiro, que investiga suspeitas de corrupção, lavagem de dinheiro e fraude em licitações