Foto: Reprodução/Redes sociais
MC Pompeo foi morto em junho de 2021 no bairro Efapi
Cinco réus foram condenados pelo Tribunal do Júri de Chapecó, no Oeste de Santa Catarina, pelo assassinato do cantor de funk Guilherme Rezende Pompeo, também conhecido como MC Pompeo, de 23 anos, ocorrido em junho de 2021. A sessão durou cerca de 11 horas ao longo dessa segunda-feira (15). Os jurados acolheram a tese do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC).
Os responsáveis foram condenados por homicídio duplamente qualificado por motivo torpe e uso de recurso que dificultou a defesa da vítima. As penas variam de 14 a 18 anos e oito meses de prisão e deverão ser cumpridas em regime inicial fechado. Segundo o MPSC, a morte do funkeiro foi motivada por rivalidade entre facções.
O MPSC, representado pela Promotora de Justiça Marcela de Jesus Boldori Fernandes, argumentou diante dos cinco advogados da equipe de defesa que não é só quem puxa o gatilho que comete o crime. “Além disso, a vítima implorou por sua vida. Foi rendida e carregada por três homens, enquanto as demais pessoas da residência foram impedidas de oferecer ajuda. Ao chegar na rua, ele foi executado”, disse.
A defesa ainda pode recorrer da sentença, mas a Justiça negou aos réus o direito de recorrer em liberdade e eles seguem presos preventivamente no complexo prisional de Chapecó.
Entenda o caso
Conforme a denúncia do MPSC, Guilherme estava na casa da namorada, no bairro Efapi, na noite de 27 de junho de 2021. A jovem teria ligação com uma facção criminosa rival da qual o cantor fazia parte. Por volta das 22h30, os réus chegaram ao local e com a vítima, foram até o porão da casa, onde ocorreria uma festa.
Ao chegarem ao local, três dos réus seguraram a vítima e a conduziram até o portão de fora da residência. No caminho, um dos condenados desferiu socos e chutes contra Guilherme. Quando já estavam todos do lado de fora da casa, um deles efetuou cinco disparos na direção da vítima. Quatro a atingiram nas costas e no peito e ela morreu no local.
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Durante a instrução processual, uma testemunha protegida relatou que a vítima implorou pela vida, momento em que os réus diziam para o funkeiro ficar quieto, pois eles teriam o aval da facção para matá-lo.