Imagem: TVBV.
Jogo Aberto SC agora conta com os comentários do Fabio Machado
Ontem fiz minha estreia aqui na casa como comentarista do Jogo Aberto SC ao lado do querido amigo e generoso JP Cardoso. Depois do programa, recebi muitas mensagens de carinho o que atesta a audiência deste espaço diário falando das coisas do nosso futebol e do esporte em geral. Se ligue: o Jogo Aberto é transmitido ao vivo, de segunda a sexta na TV Barriga Verde, das 12h30 às 12h45. Aproveito então este espaço aqui na coluna para agradecer a todos os funcionários da casa pela acolhida e pelo sincero “seja bem-vindo”. Me senti em casa, desde o primeiro momento.
Clássico é clássico e vice-versa
Caros leitores, chegou o dia clássico Avaí e Figueirense. Chegou o dia em que a tensão e o nervosismo sobe nas alturas. Costumo afirmar nos meus comentários que este é o confronto das frases feitas como “clássico é clássico”, “não há favorito” e de que é um “campeonato dentro do campeonato”. E que todas essas frases feitas e ditas nos programas de TV e rádio, refletem exatamente a realidade. Por isso que o confronto centenário do Avaí diante do Figueirense é diferente. Não há exatamente uma explicação para definir este jogo, que aliás, não vai terminar hoje. Ele vai continuar e recomeçar até o próximo clássico. Uma partida diferenciada que outras cidades não vão conseguir nunca entender. Hoje a Florianópolis e região para. Hoje a Capital se divide entre os lados azuis e brancos e os lados pretos e brancos. Acompanho Avaí e Figueirense há quatro décadas e afirmo sem medo de errar: clássico é clássico e vice-versa. Entenderam?
A importância dos clássico
Se um confronto entre Avaí e Figueirense, assim como qualquer outro, pode mudar o futuro das equipes na temporada dependendo dos resultados, agora imaginem quando esse duelo é decisivo? Ou seja, quem perder, dá adeus a competição, fica um mês sem entrar em campo, além dos seus torcedores terem que aguentar as brincadeiras dos torcedores rivais. E o clássico para o time que perder a pressão vai aumentar e muito com mudanças de planos e planejamento. No Avaí, acredito que dificilmente o treinador Enderson Moreira permaneça, em caso de derrota: não haveria clima para isso. Pelo lado do Figueirense, mesmo que o time do Scarpelli perca o jogo e seja eliminado do Estadual, ainda é possível projetar a permanência do treinador Thiago Carvalho. Já que em muitas declarações da diretoria, a meta para o ano de 2025 é o acesso do clube para a série B do futebol brasileiro.
Silêncio e Preparação
Pelo lado da Ressacada, a direção do Avaí optou pelo silêncio total. Aquele quero-quero que dá os seus belos rasantes pelo gramado do Sul da Ilha, me disse que a intenção é não dar nenhuma munição para o Figueirense em termos de declarações que possam polemizar. Além disso, o silêncio também é o resultado do “baque” que o time levou após aquela derrota por três a zero diante do Criciúma pela última rodada do turno. Se de um lado estão todos na “muda” como diz o manezinho, do lado do Figueirense a rotina é normal. Entrevistas coletivas e preparação divulgada pela comunicação do time alvinegro. Claro, que nada disso impede que o time do Scarpelli apronte alguma surpresa para o clássico desta noite: ou na escalação ou alteração do esquema tático.
Memória
Se hoje os jogos do Avaí e Figueirense são realizados em modernos estádios como o da Ressacada e o do Scarpelli, até o início da década de 1980, muitos clássicos foram disputados neste acanhado estádio, o saudoso Adolfo Konder, localizado no centro de Florianópolis, exatamente onde funciona atualmente o Shopping Beira Mar. São lembranças de uma cidade pacata, mas que pelos seus clubes tinham a mesma paixão e rivalidade.
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