11 de fevereiro de 2025
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Saúde

Conheça a Pré-Eclâmpsia, doença que levou Lexa a perder a filha

Imagem: Andre Borges/Agência Brasília

Ela pode ser reconhecida após a 20ª semana de gravidez

A cantora Lexa anunciou nessa segunda-feira (10) a morte de sua filha recém-nascida, Sofia, três dias após o parto. Segundo a artista, a gestação foi marcada por um quadro de pré-eclâmpsia com síndrome de Hellp, que resultou no parto prematuro.

A pré-eclâmpsia é uma doença obstétrica que geralmente acontece depois da 20ª semana de gravidez e provoca a hipertensão arterial da gestante.

Joeline Cerqueira é médica ginecologista e obstetra, com área de atuação em Reprodução Humana, e explica melhor o significado desses termos. “A placenta é o órgão que vai nutrir o feto. Quando ela está se implantando no útero, os vasos do útero se abrem e aumenta a corrente de sangue que vai nutrir adequadamente o feto. E o que ocorre na placenta da mulher com pré-eclâmpsia? Esses vasos não conseguem mudar a conformação deles para se tornarem mais flexíveis e elásticos. E o sangue não flui adequadamente para a placenta e para o feto”, explica.

Quando a pré-eclâmpsia se agrava, ela pode evoluir para eclampsia, que é caracterizada por convulsões, ou para a síndrome de Hellp, que causa destruição das células vermelhas do sangue, aumentando as enzimas hepáticas e reduzindo o número de plaquetas. Esses fatores podem levar à falência de órgãos como fígado e rins.

A causa exata da pré-eclâmpsia ainda não é totalmente conhecida, mas fatores de risco incluem primeira gestação, idade materna abaixo dos 18 ou acima dos 40 anos, hipertensão crônica, diabetes, lúpus, obesidade, histórico familiar da doença e gestação múltipla.

Apesar de não ser comum, também existe a pré-eclâmpsia ou eclâmpsia pós-parto, que ocorre na fase do puerpério em até 72 horas depois do parto. A complicação é responsável pela hipertensão arterial e crises convulsivas nesse período.

Sintomas e tratamento

A pré-eclâmpsia pode ser assintomática. Mas há sinais comuns, como: dor de cabeça forte que não passa com remédios; inchaço no rosto e nas mãos; ganho de peso em uma semana; dificuldade para respirar; náusea ou vômito após os primeiros três meses de gestação; perda ou alterações da visão; e dor no abdômen do lado direito.

O acompanhamento pré-natal é essencial para prevenir complicações. Medidas como o controle da pressão arterial e o uso de cálcio e AAS infantil em doses baixas podem reduzir o risco da doença em gestantes predispostas. O tratamento inclui controle rigoroso da pressão, mudanças na alimentação e, nos casos mais graves, antecipação do parto para preservar a saúde da mãe e do bebê.

           

             

Filha de Lexa morre 3 dias após o nascimento: ‘Luto e dor’

Cantora anunciou a morte de Sofia pelas redes sociais; ela estava internada com quadro de pré-eclâmpsia

Lexa anunciou nas redes sociais o nascimento e a morte da filha Sofia, com apenas três dias de vida. Em uma publicação no Instagram nesta segunda-feira (10), a cantora afirmou que viveu os dias mais difíceis da vida e agradeceu o apoio da família e do marido, Ricardo Vianna.

Na publicação, ela conta que Sofia nasceu no dia 2 de fevereiro e faleceu no dia 5. “Um luto e uma dor que eu nunca tinha visto igual. Vivi os dias mais difíceis da minha vida. Eu senti cada chutinho, eu conversei com a barriga, eu idealizei e sonhei tantas coisas lindas pra gente”, escreveu.

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