Foto: Freepik
País tem um dos maiores exércitos do mundo
A Coreia do Norte tomou a decisão de enviar 12 mil soldados para lutar ao lado da Rússia na guerra contra a Ucrânia, segundo informações divulgadas nesta sexta-feira (18) pela agência de notícias sul-coreana Yonhap, com base em dados do Serviço Nacional de Inteligência da Coreia do Sul (NIS). Esse envio, se confirmado, marcará a primeira vez que o país asiático participa de maneira significativa em um conflito estrangeiro.
De acordo com o NIS, cerca de 1,5 mil soldados norte-coreanos já foram deslocados para bases militares no extremo-oriente da Rússia, em cidades como Vladivostok e Khabarovsk, onde estão passando por um processo de aclimatação e treinamento. Os militares receberam uniformes e armamentos russos, numa aparente tentativa de ocultar sua origem, segundo os analistas.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, havia alertado sobre a movimentação de 10 mil soldados norte-coreanos para o território ocupado pela Rússia, alertando que essa intervenção poderia intensificar o conflito e até mesmo desencadear um conflito global.
Desde o ano passado, a relação militar entre Coreia do Norte e Rússia tem se fortalecido. Em junho, os líderes dos dois países assinaram um acordo de parceria estratégica que inclui uma cláusula de defesa mútua, sinalizando um aprofundamento dos laços militares.
Entretanto, apesar de possuir um dos maiores exércitos do mundo, com 1,28 milhão de soldados, a Coreia do Norte carece de experiência prática em combate, o que levanta questionamentos sobre a real efetividade dessas tropas no campo de batalha ucraniano.
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Além do envio de tropas, o NIS revelou que Pyongyang tem fornecido grandes quantidades de armas e munições para a Rússia. Desde agosto do ano passado, mais de 13 mil contêineres de armamentos foram enviados. Tanto a Coreia do Norte quanto a Rússia negam essas acusações, apesar das denúncias recorrentes de Washington e Seul.
A colaboração entre os dois países, segundo especialistas, pode trazer vantagens para ambas as partes. A Rússia, com perdas significativas na guerra, aliviaria a pressão sobre suas tropas com o apoio norte-coreano. Em contrapartida, Pyongyang poderia receber suporte econômico e militar de Moscou, ampliando seu poderio, sobretudo diante das sanções internacionais.
