Preso desde o dia 20 de janeiro, o jogador brasileiro Daniel Alves causou uma movimentação no Centro Prisional de Brians 2, na Espanha, ao jogar sua primeira partida com os detentos. De acordo com jornal Espanhol La Vanguardia, todos os funcionários da prisão pararam para assistir ao jogo.
A movimentação foi tanta para assistir Daniel Alves jogar, que a prisão decidiu colocar uma tela que impede a visão dos vizinhos do jogador. Daniel está preso acusado de estupro, por uma jovem, em uma festa de fim de ano em 2022. Após ser preso preventivamente, o jogador pediu para não receber visitas de familiares e amigos.
Em uma ofensiva para tentar tirar o brasileiro da prisão, a defesa do atleta, da qual faz parte Cristóbal Martell, um dos advogados mais conhecidos da Espanha, disse que vai pedir à Justiça um recurso com sugestões de uma série de medidas cautelares que eliminem o risco de fuga.
Se não conseguir a liberdade provisória, o jogador ficará encarcerado até o fim das investigações, que podem levar até um ano. A Espanha mudou, em outubro de 2022, a legislação em relação à violência sexual contra a mulher. Batizada de “Só o sim é sim”, ela prevê penas mais duras. Desde que comprovado o abuso, ou estupro, o criminoso terá de ficar na cadeia entre 4 e 12 anos.
O jogador negou as acusações, mas disse que teve relação sexual consentida com a denunciante. Ele já deu três versões sobre a ocorrência. A mulher que o acusa chegou a detalhar uma tatuagem íntima do jogador brasileiro.
A jornalista e porta-voz do governo da Catalunha, Patrícia Plaja, afirmou que o caso envolvendo o jogador de futebol brasileiro, é um indicativo do fim da tolerância a crimes sexuais na Espanha.
“A mensagem é muito clara: seja quem seja o suposto agressor sexual, a violência sexual não fica impune. E isso é possível porque há leis, há protocolos que protegem as vítimas (…) Neste caso concreto, na boate onde ocorreram os fatos foram aplicados de maneira adequada e inequívoca os protocolos contra o assédio e as agressões sexuais em espaços de lazer”, disse Patrícia.
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