Desenvolvimento do turismo da Serra Catarinense tem tido avanços. O assunto foi discutido durante seminário regional na semana que passou. Foto: Paulo Chagas
Gosto de abordar o tema turismo. Santa Catarina é um estado repleto de belezas naturais, a começar pelo vasto litoral, com destinos cada vez mais procurados. Obviamente, todo e qualquer governo não pode relaxar, pois, sabe o quanto representa para a economia. Jorginho Mello (PL), assim que assumiu o Governo no início deste ano, tratou de fortalecer o turismo, criando uma Secretaria, hoje comandada por Evandro Neiva. Porém, as praias não formam todo o conjunto de belezas e atrações aos turistas. Lá no início do ano, mesmo sem ainda ser oficializado no cargo, Leiva já deu as caras na Vindima, em São Joaquim, anunciando que a Serra estraria em definitivo no mapa dos roteiros turísticos, com a devida atenção do Governo.
Em tempos de hoje
A projeção para dar à Serra, a estrutura necessária, começou com a inauguração da Ponte das Goiabeiras, sobre o Rio Pelotas, na divisa de Santa Catarina com o Rio Grande do Sul, entre São Joaquim e Bom Jesus. A Ponte ainda sequer foi inaugurada, mas já está servindo a população. A briga segue sendo pela pavimentação de uns 10 quilômetros do trecho de São Joaquim até à ponte, e todo o lado gaúcho, até Bom Jesus. A estrada conta sob sua tutela, o Roteiro Turístico Caminhos da Neve, conferido através do PL 1.931/2019, visando estimular o turismo em 12 municípios do estado de Santa Catarina e em outras 10 cidades do Rio Grande do Sul, tendo a rodovia BR-438, com 161 quilômetros, como eixo central. Além disso, em breve será lançado o projeto de revitalização do Mirante da Serra do Rio do Rastro, com investimento de R$100 milhões de parte do Governo, e de uma ciclovia com extensão de 12 km, entre o Mirante e a zona urbana de Bom Jardim da Serra. Outro estímulo ao cicloturismo que está vindo com tudo, unindo a Serra, o Vale Europeu e o Sul do Estado.
Seminário de Turismo Regional
Para complementar meu contexto sobre o assunto, ressalto a realização, na quinta-feira, 23, em Lages, do Connect Serra, Seminário de Turismo para Desenvolvimento Regional, numa iniciativa do deputado Lucas Neves (Podemos), por meio da Comissão de Turismo e Meio Ambiente e da Escola do Legislativo, mantida pelo Parlamento catarinense. Mais uma vez, o potencial do turismo da Serra ganhou em notoriedade. O evento reuniu boa parte das pessoas interessadas em promover o setor, gerar emprego e renda. Como a Região já possui um Plano de Desenvolvimento do Turismo Regional, elaborado pelo Sebrae, o debate tratou das estratégias de marketing e inovação para fomento do turismo na região, e a infraestrutura turística da Serra Catarinense, além de promover a execução de projetos que melhorem a experiência dos turistas que visitam a região. Houve também cobranças. O prefeito de São Joaquim, Giovani Nunes, que é também o presidente da Amures, pediu atenção para que sejam pavimentados os acessos das vinícolas, para fomentar o segmento no município. Ainda não é prioridade para o Governo, mas também faz parte da estratégia futura, segundo o secretário de Infraestrutura, Jerry Comper, e que ganhou respaldo do secretário de Turismo, Evandro Neiva. Ambos estiveram presentes no Seminário.
Eleições municipais ainda não polarizaram o debate
O ano de 2023 está na reta final e pouco até agora há concretude no tocante às candidaturas para prefeito no ano que se aproxima. Conversações, ventilações e nada mais. São os interesses apenas que rondam os bastidores em todos os municípios, com exceção de um ou outro que já se posicionou quanto à reeleição. Por outro lado, o mundo político vive um período conturbado. A posição nacional já está interferindo diretamente na condução do processo, e até poderá demover candidaturas tidas como certas. Com o futuro nebuloso, a partir de uma reforma tributária complexa, aquele que se aventurar na gestão pública terá que saber exatamente o que quer e onde estará enquadrado. Desde já, municípios estão penando com a queda da arrecadação e o corte de verbas federais, imaginem mais à frente. Ser prefeito será, sem dúvida, um dos maiores desafios. O pleito de 2024 não será fácil, e menos ainda para candidatos aventureiros. O ano novo deve começar quente, imagino.