Moradores protestaram contra as demolições na manhã desta quarta-feira (23)
Após a União negar um acordo, a Justiça Federal estipulou que as casas sejam demolidas em 72 horas. A ação deve ser realizada na próxima sexta-feira (25). No total são oito residências que ficam localizadas nas proximidades da Fortaleza de São José da Ponta Grossa, na praia do Forte no Norte da Ilha de Santa Catarina. A área é tombada, está sob responsabilidade do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), e fica localizada ao lado de Jurerê Internacional um dos locais com maior valorização imobiliária do país.
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Na manhã desta quarta-feira (23) moradores realizaram mais um protesto contra a ação que foi promovida pela União. Eles se defendem afirmando que algumas famílias já estão há mais de um século no local e fazem parte da cultura da localidade. O processo judicial teve início em 1991 quando a União deu início a reintegração de posse. O imbróglio judicial já dura mais de 40 anos e em fevereiro por pouco as casas não foram retiradas. Os moradores acreditavam que a situação seria solucionada com uma audiência de conciliação, mas apenas receberam uma nova ordem de demolição.
A briga judicial se arrasta há mais de 40 anos e de acordo com o despacho do juiz substituto Charles Giacomini, a União não aceitou acordo argumentando imagens aéreas mostram “um aumento significativo das áreas de telhado, decks e piscinas, além de outros acréscimos, inclusive uma nova edificação, novas pavimentações, bem como a retirada de cobertura vegetal em área de estacionamento criada atrás de uma das construções”. Essas ampliações teriam sido feitas sem a autorização do Iphan ou Secretaria do Patrimônio da União e em uma área protegida.
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