21 de fevereiro de 2025
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Paulo Chagas

Deputada Caroline De Toni alerta para o descontrole dos javalis

O alerta da deputada chama atenção para a ameaça que o animal representa para o agronegócio / Foto: Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados

A deputada Caroline De Toni (PL/SC) faz menção bastante crítica aos retrocessos e a incompetência do governo Lula, e que estão colocando o Agro em risco. Ressalta o fato de os caçadores com suas licenças suspensas e com as restrições ao acesso a armas, a população de javalis está aumentando e os danos às lavouras também. Em 2025, mais de 1 milhão de javalis precisarão ser abatidos, ou os prejuízos serão incalculáveis. Argumenta, que os javalis, que podem viver até 20 anos, e tem capacidade de se reproduzir até duas vezes ao ano, podem dobrar sua população em apenas 12 meses, se não controlados. A falta de ação do governo e a burocracia crescente são uma sentença para o Agro. Ciente que problema poderia se agravar, ainda em 2023, protocolou proposições (PL 4492/23, PDL 324/23 e PLP 108/23) para facilitar o controle dessa praga. Agora, a deputada pede urgência para que a Câmara coloque em pauta os Projetos de Lei. Segundo diz, “o Agro não pode pagar mais essa conta”!

Aguiar lamenta déficit de representação no Congresso

O presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar, ressalta a falta de representatividade do Sul, no Congresso / (Foto:Filipe Scotti)

O assunto não é novidade e foi amplamente observado. No entanto, a questão está longe de ser esquecida. O presidente da FIESC, Mário Cezar de Aguiar, mais uma vez, trouxe à tona o fato que está, de certa forma, preocupando no campo político, e com viés no meio produtivo. Conforme ressalta em artigo, a composição das novas mesas diretoras do Senado e da Câmara evidencia, mais uma vez, o descompasso entre a riqueza gerada ao País pelos estados do Sul e do Sudeste e a representatividade destas regiões no Congresso. As duas regiões estão subrepresentadas e, assim, terão menos influência nas decisões, embora SP, sozinho, tenha PIB equivalente ao da Argentina e SC supere o de países como Paraguai ou Uruguai.

Modelo incoerente

No Senado, o atual modelo incoerente, em que todos os estados têm três representantes, levou Norte e Nordeste a ficarem com todas as vagas. Na Câmara, as 256 posições ocupadas pelo Sul e pelo Sudeste correspondem à metade menos 1 deputado do total (513). Significa que se os políticos dessas regiões estivessem articulados, poderiam comandar a Casa. Aguiar reforça de que não se trata de estabelecer um confronto entre regiões. Mas é legítimo buscar maior equilíbrio. A FIESC é testemunha do esforço dos deputados e senadores catarinenses na defesa dos interesses do estado, mas parlamentares e população devem tomar consciência e partir para a ação na busca da rediscussão do pacto federativo.

Projeto de Lei

Um passo essencial nesse sentido é o avanço do Projeto de Lei 148/2023 do deputado Pezenti, que dispõe sobre a representação dos estados na Câmara. Nem deveria ser necessário. O próprio STF já se pronunciou nesse sentido, já que significa apenas aplicar o que diz a Constituição: o número de parlamentares deve ser ajustado periodicamente, com base nos dados do IBGE. Contudo, isso não ocorre mais desde 1993. Se aplicado o censo de 2022, o número de deputados de SC passaria de 16 para 20. Um pequeno avanço.