25 de novembro de 2024
TVBV ONLINE
Policial

Dez criminosos de SC são condenados por traficar cocaína pela internet

Em Araranguá, dez integrantes de uma associação criminosa, denunciados pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), foram presos por tráfico e associação para o tráfico de drogas. Eles produziam e armazenavam cocaína e matéria-prima da droga, e depois distribuíam para diversos estados do Brasil.

A associação criminosa foi formada para a obtenção de vantagem econômica para os réus proporcionada pelo tráfico de drogas, especialmente ao preparo e à distribuição de drogas e substâncias controladas, que eram armazenadas, preparadas e enviadas pelos réus a São Paulo e Minas Gerais, além de serem anunciadas na internet.

De acordo com o Promotor de Justiça Pedro Lucas de Vargas, o primeiro laboratório foi descoberto pela Polícia Civil em Balneário Arroio do Silva, e o segundo foi desmantelado pela Polícia Federal em Treze de Maio durante a “Operação Flipper”.

Durante as investigações foram encontrados 6kg de cocaína e 300kg de ácido bórico, além de outros insumos, produtos químicos e diversos maquinários para preparação de drogas.

No local, também ficou evidente o comércio interestadual de entorpecentes, já que foram localizados um caderno de anotações e recibos de postagens de encomendas enviados para diversos estados

Entenda como a associação criminosa atuava na região 

Conforme denúncia oferecida pelo MPSC, em novembro de 2020, os réus Bruno Araújo Barbosa Brito, Elane dos Santos Alves e Maicon Fernandes mantinham uma casa alugada em Balneário Arroio do Silva. A residência era ponto de produção, guarda e depósito de cocaína, de matéria-prima da droga, e de maquinário e instrumentos para fabricação.

Na divisão de tarefas, o casal Bruno e Elane era responsável por produzir e armazenar a droga, a matéria-prima e o maquinário, por residir no local. Já Maicon ficava a cargo de fornecer o que fosse necessário para produção da droga, bem como, posteriormente, fazer a distribuição do entorpecente.

Outras sete pessoas foram descobertas durante as investigações  

Após o primeiro laboratório ser descoberto em Balneário Arroio do Silva pela Polícia Civil, o grupo deu seguimento nas atividades ilícitas, com a instalação de um novo laboratório em Treze de Maio.

De acordo com a denúncia do Ministério Público, o denunciado Nilson José da Silva exercia o comando da associação criminosa.

O casal Alex de Jesus de Souza e Leidiane do Santos Alves de Souza tinha como principais responsabilidades a oferta de insumos, especialmente produtos diluentes de drogas (feito à base de ácido bórico), em anúncios de sites e-commerce, assim como de enviar as substâncias para outros estados.

Raul Campos Jorge tinha a função providenciar a locação de imóveis e disponibilizar seu nome para que Nilson pudesse efetuar a compra de propriedades para estabelecer residência de outros integrantes.

A companheira de Nilson, Bruna Felisbino Rocha, estava ligada ao transporte, remessa e entrega de entorpecentes, substâncias controladas e diluentes da droga, além de envolvimento com a parte financeira da organização criminosa.

Érika Brandino Banhete e Luiz Felipe Banhete atuavam na produção e armazenamento das substâncias, matéria-prima e maquinários para fabricação, preparação, produção ou transformação de droga.

A menor pena é de oito anos e nove meses e a maior ultrapassa 27 anos.

Foto: MPSC/Reprodução