Ex-presidente dos EUA ficou aproximadamente 20 minutos na cadeia até ser liberado
Acusado de tentar interferir no resultado das eleições de 2020, o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi preso no estado da Geórgia. Detido por cerca de 20 minutos, Trump foi liberado após o pagamento de R$ 1 milhão como fiança.
Foi o próprio Donald Trump quem se entregou às autoridades e, antes de ser liberado, foi fichado, registrado com impressões digitais e foto. A polícia da Geórgia, divulgou na noite da última quinta-feira (24) a “mug shot” (foto de réu) do ex-presidente norte-americano
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— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) August 25, 2023
O procedimento de tirar o retrato do réu antes de ele ser liberado sob fiança é um procedimento normal na Geórgia. Segundo o “The New York Times”, a “mug shot” serve para localizar o acusado de um crime caso ele fuja. A imagem também é distribuída para a imprensa, para que seja divulgada, e o rosto do suspeito seja reconhecido em público.
Donald Trump responde o quarto processo criminal e o segundo em que ele é acusado de tentar modificar os resultados das eleições de 2020, nas quais Joe Biden foi eleito presidente.
Outros investigados
A procuradora Fani Willis estabeleceu o prazo de até ao meio-dia desta sexta-feira (horário local) para que Trump e os restantes 18 arguidos do processo se entregassem na prisão do condado de Fulton para serem notificados.
Entre os acusados estão também o antigo advogado pessoal de Trump, Rudy Giuliani, que se apresentou na quarta-feira, bem como o seu ex-chefe de gabinete, Mark Meadows, que se apresentou nesta quinta.
Willis propôs que a leitura das acusações aos arguidos decorra na semana de 5 de setembro e que o caso vá a julgamento em março.
Meadows foi liberado após coletar impressões digitais, fazer uma fotografia para o seu processo judicial, e pagar uma fiança de 100 mil dólares. Ele foi um dos primeiros republicanos a ficar do lado de Trump antes das eleições de 2016 e, desde então, tornou-se um dos seus homens de confiança, trabalhando para o ex-presidente como chefe de gabinete na Casa Branca entre março de 2020 e janeiro de 2021.
A procuradoria acusa-o de encorajar a crença na fraude e de pressionar para tentar adiar a sessão conjunta do Congresso de 6 de janeiro de 2021, quando a vitória de Biden foi certificada e o edifício do Capitólio atacado por uma multidão de apoiantes republicanos.
Giuliani, ex-advogado pessoal de Donald Trump e antigo autarca de Nova York, foi libertado após pagar fiança de 150 mil dólares. Aos 79 anos, ele é acusado de liderar os esforços de Trump para obrigar os legisladores estaduais na Geórgia e em outros estados a nomear ilegalmente eleitores favoráveis a Trump.
Além disso, ele é investigado por fazer declarações falsas e solicitar falsos testemunhos, conspirar para criar documentação falsa e pedir aos legisladores estaduais que violassem o seu juramento.
Giuliani negou qualquer irregularidade, argumentando que tinha o direito de levantar questões sobre o que acreditava ser uma fraude eleitoral. Classificou ainda a acusação de “uma afronta à democracia americana”.
Troca de advogado
Pouco antes de se apresentar nesta quinta, Trump decidiu substituir a equipe de advogados encarregados de sua defesa no caso contra ele na Georgia.
Segundo a CNN, Drew Findling, o advogado que defendeu Trump no caso, será substituído por Steven Sadow, um profissional com escritório em Atlanta cujo site o define como um “assessor jurídico especial para a defesa de crimes de colarinho branco e casos de alto perfil”.
Uma fonte próxima de Trump explicou à emissora que não se trata do desempenho de Findling, enquanto outra justificou a mudança porque Sadow é “o melhor advogado de defesa criminal da Geórgia”.
Em um comunicado, o novo advogado de Trump na Geórgia considerou que o ex-presidente nunca deveria ter sido acusado neste caso e é “inocente de todas as acusações contra ele”.
Também acrescentou que sua equipe espera que o caso seja arquivado ou que um júri de “mente aberta” acabe declarando Trump inocente. Ele também acusou os promotores de agirem a pedido dos opositores do republicano.
“Os promotores que tentaram promover ou servir as ambições dos opositores do [ex-] presidente [Trump] não têm lugar no nosso sistema judicial”, acrescentou o novo advogado do ex-presidente.
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Fonte: Band
Foto: Twitter / Reprodução