Após fim de semana mais fresco, onda de calor intenso marca 2023 como o ano mais quente já registrado
Após as temperaturas mais baixas registrada no início desta semana, algumas regiões de Santa Catarina devem sofrer com a volta do calor intenso. Isso porque uma massa de ar quente ganha força sobre grande parte do Brasil. Há quem não acredite em mudanças climáticas, mas a “gangorra de temperaturas” experimentada nesta semana podes fazer até mesmo os mais céticos sentirem na pele que o problema é real. Em áreas do Litoral Sul e do Extremo Oeste, as máximas devem se aproximar dos 40°C.
A Defesa Civil de Santa Catarina alerta que as temperaturas devem começar a subir principalmente a partir da quinta-feira (14), com sensação de abafamento inclusive na madrugada, com marcas entre 14°C e 17°C entre os planaltos e o Meio-Oeste e entre 19°C e 24°C em áreas do Extremo Oeste e Litoral Sul. À tarde, as temperaturas máximas ficam entre 34°C e 36°C no Litoral Sul e Extremo Oeste e na casa dos 30°C nas demais regiões.
As temperaturas mais altas no estado serão registradas entre a sexta-feira (15) e o domingo (17), que podem variam de 35°C a 39°C em áreas do Extremo Oeste e Litoral Sul e de 28°C a 34°C nas demais regiões. Além disso, entre quinta (14) e domingo (17), a combinação de calor e umidade favorecem, a partir do período da tarde, a formação de pancadas de chuva e temporais isolados pelo estado, típicos de verão.
O que são mudanças climáticas?
A Defesa Civil explica que as mudanças climáticas referem-se a alterações significativas e persistentes nos padrões climáticos globais ao longo do tempo. Este fenômeno é impulsionado por diversas causas, mas estão associadas principalmente à atividade humana.
Segundo o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), as principais fontes humanas de emissões de gases de efeito estufa incluem a queima de combustíveis fósseis, desmatamento e práticas agrícolas intensivas.
Essas mudanças têm efeitos amplos e profundos no meio ambiente. Entre os impactos mais evidentes estão o aumento das temperaturas médias globais, eventos climáticos extremos mais frequentes e intensos, elevação do nível do mar e alterações nos ecossistemas terrestres e marinhos. Essas consequências implicam diretamente na segurança alimentar, na biodiversidade e na saúde humana.
Outros efeitos percebidos do aquecimento global são:
- Derretimento de geleiras e calotas polares diminuindo em tamanho ao longo do tempo, contribuindo para a elevação do nível do mar;
- Áreas costeiras sendo gradualmente inundadas devido ao aumento do nível do mar causado pelo derretimento de geleiras e pela expansão térmica da água;
- Eventos climáticos extremos e mais intensos, como furacões, enchentes e secas, impactando diretamente comunidades e o meio ambiente;
- Recifes de Corais afetados pelo aumento da temperatura da água, resultando no branqueamento dos recifes e na perda de biodiversidade marinha;
- Alterações na distribuição de espécies e nos ecossistemas devido às variações nas condições climáticas;
- Desastres naturais relacionados ao clima, como incêndios florestais, e as secas prolongadas e outros desastres naturais exacerbados pelo aquecimento global.
Para reduzir os impactos das mudanças climáticas, a comunidade internacional tem buscado implementar medidas mitigadoras e adaptativas. Pactos globais, como o Acordo de Paris, estabelecem metas para limitar atividades que acentuem o aquecimento global e promover a transição para fontes de energia mais limpas.
Além disso, ações locais, como a promoção de práticas agrícolas sustentáveis, reflorestamento e também iniciativas como o Plano Nacional sobre Mudança do Clima (PNMC), o Programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC), a fiscalização ambiental intensificada, o investimento em energias renováveis e a manutenção de instituições e programas de monitoramento desempenham papel crucial na mitigação dos efeitos das mudanças climáticas.
Foto: Roberto Zacaria / Secom SC