Ao assinar o decreto sobre o processo de transição do governo, nesta última quinta-feira (27), Carlos Moisés (Republicanos) abre as portas do Governo para o futuro gestor. Uma atitude responsável, porém, dentro da normalidade e do esperado. É desta maneira que um Chefe de Estado deve proceder. A foto acima, do Centro Administrativo, é a da casa a ser visitada para a transição. Neste domingo, assim que o sair o resultado das urnas, o futuro governador já sabe que terá caminho livre para dar início à transição, a hora que quiser, encaminhando, inclusive, os nomes da equipe através de ofício. Uma evidência de que Carlos Moisés não tem nada a esconder. Pelo contrário, quer deixar a melhor imagem possível da passagem pelo comando de Santa Catarina. Tanto, que disponibiliza toda a infraestrutura para o repasse de quaisquer informações, deste as contas públicas até os programas e projetos de governo. Transparência absoluta é o que propõe Moisés através do decreto de transição. (Foto: Maurício Vieira/Secom)
Debate “quente”, mas sem novidades
O derradeiro debate antes do pleito de domingo, 30, envolvendo os candidatos ao governo de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL) e Décio Lima (PT), na NSC, na noite desta quinta-feira (27), não trouxe basicamente nada de novo. A não ser a chapa quente em determinados momentos, com a artimanha mais voltada para os presidenciáveis do que para os interesses e perspectivas das próprias campanhas. O petista Décio Lima foi quem mais procurou desconstruir a imagem de Jorginho ligada a Bolsonaro. Uma clara tentativa de favorecer Lula e tentar a reversão do favoritismo do adversário político no Estado. No entanto, o debate validou a certeza do eleitor que assistiu. Obviamente foi também oportuno para que ambos revigorassem seus planos de governo e debatessem temas essenciais, a exemplo da corrupção, transporte, infraestrutura, educação, agronegócio, desenvolvimento e saúde. Enfim, um confronto que não deve mudar mais os rumos de uma projeção, que tem colocado o liberal com larga margem nos índices das pesquisas.
Pleito de 2022 expõe a fragilidade do MDB/SC
Na coluna de ontem reproduzi neste espaço, na íntegra, a entrevista do deputado estadual e presidente da Assembleia Legislativa de Santa Catarina, Moacir Sopelsa. Numa das questões, lembrei o fato de que desde a morte do ex-governador Luiz Henrique da Silveira, o Movimento Democrático Brasileiro (MDB) não mais teve uma liderança firme no Estado. Fato, que praticamente desmantelou o Partido. Ele concordou. Eu não quis aprofundar o assunto. Mas, senti de parte de Sopelsa, a preocupação com a forma com que o MDB vem sendo conduzido. Arrisco a dizer que ele poderá se tornar a maior referência para resgatar a sigla em SC, e devolver a ela, a consistência de um passado, em que tinha poder e representação. De uns anos para cá, o MDB tem andado de carona, está fragilizado, dividido, e sem um líder mestre.