Morador de Araranguá foi encontrado dirigindo pela cidade; dinheiro seria usado para pagar dívidas ligadas a jogos
Um estudante de medicina de 29 anos foi preso em Araranguá, no Litoral Sul de Santa Catarina, na manhã desta quinta-feira (10), após forjar o próprio sequestro para tentar extorquir R$ 40 mil de sua irmã. Segundo o autor, que confessou o crime, o dinheiro seria utilizado para pagar dívidas relacionadas a jogos eletrônicos.
De acordo com a Polícia Civil (PCSC), o caso iniciou após a namorada do suspeito fazer uma denúncia de que o homem estaria sendo mantido refém por dois assaltantes na cidade vizinha de Nova Veneza. Ela afirmou que os criminosos exigiam a transferência do valor para libertá-lo.
A denúncia passou a ser investigada pela Delegacia de Roubos e Antissequestro da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (DRAS/DEIC), que identificou que o estudante, que está na 10ª fase do curso de medicina na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) em Araranguá, forjou toda a história para extorquir valores de seus familiares.
“No início da tarde, as investigações levaram ao encontro do veículo no qual o estudante estava, bem tranquilo, passeando pela cidade de Araranguá e fazendo, então, essas ligações para sua irmã em Goiânia, nas quais ele se dizia que estava sequestrado e que os sequestradores exigiam o pagamento de R$ 40 mil”, explica Luís Otávio Pohlmann, delegado da Delegacia de Investigações Criminais de Araranguá.
De acordo com a Polícia Civil, a irmã do autor, que mora em Goiânia (GO), chegou a fazer um PIX de R$ 5 mil, acreditando que o estudante estava na posse de criminosos. Ao ser confrontado pelos policiais, o estudante confessou que utilizou o dinheiro para pagar dívidas que ele tinha por questões relacionadas a jogos eletrônicos.
O homem foi preso em flagrante e, de vítima, passou para a condição de investigado pelo crime de extorsão mediante grave ameaça. Após as formalidades, o estudante de medicina foi conduzido ao Presídio Regional de Araranguá, onde está à disposição da Justiça.
Santa Catarina tem 13 pessoas e empresas na ‘Lista Suja’ do trabalho escravo
Mais de 130 pessoas foram resgatadas de situação análoga à escravidão em 10 cidades
Santa Catarina tem 13 nomes de pessoas e empresas na chamada Lista Suja do Trabalho Escravo no Brasil. O cadastro de empregadores que submeteram trabalhadores a condições análogas à escravidão foi atualizado nessa quarta-feira (9) pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Foram acrescentados o nome de uma pessoa residente em Florianópolis e uma empresa de Itapiranga, no Extremo Oeste catarinense.