Foto: MPSC/Divulgação
GECO cumpriu 34 mandados de prisão preventiva e 73 de busca e apreensão contra grupo que movimento R$ 90 milhões
Após uma operação contra fraudes bancárias e golpes, deflagrada na última quarta-feira (10) em Santa Catarina, desarticular três falsas centrais de disparos de SMSs em massa e de ligações telefônicas, a Justiça determinou o bloqueio de R$ 300 mil e o congelamento dos ativos financeiros de 44 pessoas físicas e jurídicas investigadas.
A Operação Mão Fantasma foi deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO), por meio do Grupo de Investigação de Crimes Cibernéticos (CyberGAECO) no âmbito de uma investigação realizada pela Promotoria de Justiça da Comarca de Ascurra.
Segundo o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), outro resultado da operação é a diminuição no número de mensagens de texto e chamadas indevidas aos cidadãos catarinenses, que eram realizadas por falsas centrais de atendimento.
Criminosos movimentaram R$ 90 mihlões
A Operação Mão Fantasma teve o objetivo de desarticular três organizações criminosas de âmbito nacional especializadas em fraudes bancárias, especialmente nos golpes conhecidos como “mão fantasma/acesso remoto” e “falsa central de atendimento”.
Esses grupos são possivelmente responsáveis por pelo menos 255 furtos e estelionatos realizados por meio de fraude cibernética, apenas em Santa Catarina. As investigações apontam que há possíveis vítimas em todo o país.
Ainda de acordo com as investigações, os grupos criminosos teriam possivelmente movimentado, nos últimos 10 anos, cerca de R$ 90 milhões em transações suspeitas.
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Como funciona o golpe
De acordo com o CyberGAECO, o golpe começa a ser planejado quando os criminosos têm acesso a uma lista de clientes de uma instituição financeira específica, onde constam dados e informações pessoais dos correntistas. Em seguida, os criminosos enviam mensagens de SMS informando falsamente sobre uma compra realizada e fornecendo um telefone de 0800 para contato.
Quando os clientes entram em contato com esse número, os criminosos simulam responder de uma central de atendimento da instituição financeira. Eles induzem os correntistas a realizar transferências ou instalar softwares de controle remoto em seus dispositivos, que permitem que os criminosos utilizem a distância um celular ou computador.
Desta forma, os criminosos inventam histórias sobre a necessidade de um escaneamento e solicitam que as vítimas virem a tela do celular para baixo. Enquanto isso, eles realizam transferências das contras das vítimas.