18 de outubro de 2024
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Educação

Fapesc lança R$ 12 milhões em editais para estudo e controle de mosquitos

Foto: Roberto Zacarias/Secom

Fundação busca pesquisadores e empresas para o desenvolvimento de soluções para o maruim e o Aedes aegypti

O Governo do Estado anunciou nesta quarta-feira (3) um pacote de R$ 12 milhões para o desenvolvimento de pesquisas científicas para o estudo e controle dos mosquitos maruim e Aedes aegypti. Os recursos são destinados a três editais de fomento lançados pela Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc).

Podem se inscrever nos editas pesquisadores vinculados a Instituições de Ciência, Tecnologia e Inovação (ICTs) públicas e privadas sem fins lucrativos, e empresas sediadas em Santa Catarina. Confira as ementas e prazos de submissão abaixo.

 

O presidente da Fapesc, Fábio Wagner Pinto, explica que os editais são demanda direta dos municípios e da comunidade. “Temos um problema muito evidente do crescimento do Aedes aegypti e das doenças que ele transmite. Isso já vinha recebendo atenção das nossas ICTs e agora nós juntamos a demanda da comunidade, à capacidade dos nossos cientistas com fomento do Governo do Estado na promoção desse edital de pesquisa”.

Sobre o controle da superpopulação do mosquito maruim, o presidente da Fapesc reforça que o inseto tem causado problemas para que carecem de estudo. “Temos uma grande capacidade técnica e científica no nosso estado, nas áreas médica e de agronomia, por exemplo, que podem ser utilizadas para o combate ao inseto. Temos que diminuir a população do mosquito, entender a doença e tratar”, afirma o presidente da Fapesc.

O secretário de Estado da Saúde, Diogo Demarchi Silva, reforça que trabalhar com pesquisa e inovação é fundamental para a saúde dos catarinenses. “Recebemos uma determinação do governador Jorginho Mello para atuarmos de maneira inovadora no combate ao Aedes aegypti e ao maruim, especialmente na cidade de Luiz Alves. Esse aporte de R$12 milhões deixa claro que o combate é constante, com inovação, pesquisa, e a participação de toda a sociedade”, reforça o secretário.

Mosquito maruim

Em março deste ano, o município de Luiz Alves, no Vale do Itajaí, decretou situação de emergência por conta da infestação de maruins. O mosquito é responsável pela Febre do Oropouche, que causa nas pessoas infectadas sintomas parecidos com a dengue e a Chikungunya, como dores de cabeça, muscular e nas articulações, além de náusea e diarreia.

A presença do maruim está sendo detectada também em outros municípios catarinenses, o que levou a Fapesc a desenvolver duas chamadas públicas: um para pesquisa científica e outra para desenvolvimento de produtos, serviços e processos inovadores.

Foto: Prefeitura de São José/Reprodução

O Edital 36/2024, voltado para pesquisadores, apoia projetos de investigação dos aspectos biológicos e ecológicos do mosquito, controle e monitoramento da superpopulação do maruim e tem um aporte de R$ 3 milhões em recursos da Fapesc. A submissão de projetos pode ser feita até as 18h do dia 5 de agosto, no Sistema SIGFapesc.

Os projetos enviados à Fapesc podem ser em uma ou mais linhas de pesquisa: desequilíbrio ecológico e ambiental; controle e manejo e saúde única. Serão selecionados seis projetos, sendo dois em cada linha de pesquisa, para receber até R$ 500 mil cada. A chamada pública prevê a contratação de bolsistas com perfis que vão de estudantes de graduação até doutores. Os valores das bolsas vão de R$ 900 a R$ 5.850,00.

Também sobre o mosquito maruim, o Edital 35/2024 vai apoiar uma proposta de até R$ 3 milhões, submetida por uma empresa com sede em Santa Catarina, para o desenvolvimento de produtos, serviços ou processos inovadores com o objetivo de promover o controle sustentável da superpopulação do inseto. O prazo de de submissão vai até as 18horas do dia 12 de agosto no Sistema SIGFapesc.

Aedes aegypti

Segundo dados do levantamento mais recente divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde, com dados até 17 de junho de 2024, o número de casos prováveis de dengue em Santa Catarina em 2024 ultrapassou os 340 mil. Mais de 44,2 mil focos do mosquito Aedes aegypti já foram localizados em 254 municípios catarinenses. Dos 295 municípios catarinenses, 169 são considerados infestados pelo vetor.

Foto: Fiocruz/Reprodução

Nesse contexto, a Fapesc lançou o Edital 37/2024, que vai apoiar com R$ 6 milhões a realização de estudos científicos, tecnológicos ou de inovação voltados ao desenvolvimento de estratégias de controle ao Aedes aegypti, além da prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças veiculadas ao vetor, incluindo medidas de educação continuada em saúde.

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Os projetos enviados podem ser em uma ou mais linhas de pesquisa: controle, saúde única e educação. Serão selecionadas propostas de pesquisa de até R$ 1 milhão cada. O edital prevê a contratação de bolsistas com perfis que vão de estudantes de graduação até doutores. Os valores variam entre R$ 900 e R$ 5.850,00. As submissões das propostas podem ser feitas até as 18h do dia 5 de agosto no Sistema SIGFapesc.