20 de setembro de 2024
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Cotidiano

Florianópolis oferece tratamento de leishmaniose para animais de famílias carentes

A cidade de Florianópolis é a primeira do Brasil a oferecer exames e tratamento medicamentoso para animais com leishmaniose de famílias carentes. Oferecer o tratamento e custear os remédios se tornou obrigatório depois de uma lei de origem da própria Prefeitura em 2021, com a indicação da vereadora Pri Fernandes.

No Brasil, o protocolo do Ministério da Saúde prevê eutanásia em animais com a doença e que não estejam em tratamento. A Prefeitura, através do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), faz investigação e varredura em áreas com a presença do mosquito-palha, agente transmissor da doença leishmaniose.

Em locais cujas famílias são carentes, o município já oferecia gratuitamente a coleira repelente que ajuda a manter o mosquito longe dos animais. Além disso, os animais também são investigados através de exames. Em caso positivo para a doença, a família pode optar pelo tratamento. Se comprovado baixa renda, agora a prefeitura doa o medicamento.

“Não achávamos justo que famílias carentes tivessem apenas a opção da eutanásia. Por mais que este seja um protocolo nacional, acreditamos que Florianópolis poderia ir além e oferecer os remédios. Animais se tornaram parte integrante das nossas famílias”, explicou o prefeito Topázio Neto.

 

A cachorra Many ficou nacionalmente conhecida e até virou meme por ter assinado o projeto de lei da leishmaniose. Ela é portadora da doença e esteve em 2021 ao lado do prefeito à época Gean Loureiro e da sua tutora vereadora Pri Fernandes. Na segunda-feira, ela voltou ao DIBEA e viu o armário cheio de remédios para tratamento da doença.

Foto: PMF/Reprodução