22 de setembro de 2024
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Cotidiano

Florianópolis: quase 400 pessoas foram atingidas pelo rompimento do reservatório de água

Duas pessoas ficaram feridas com a segunda catástrofe ambiental
provocada pela Casan em menos de três anos

A Prefeitura de Florianópolis divulgou o balanço total dos atendimentos realizados às vítimas do rompimento do Reservatório R4, do bairro Monte Cristo. Ao todo, foram 386 pessoas afetadas, com duas feridas, e 171 famílias foram cadastradas nos serviços de acolhimento. Ainda, 152 casas foram vistoriadas e cerca de 500 refeições foram oferecidas ao longo da última quarta-feira (6).

Oito imóveis tiveram de ser interditados e 13 famílias foram encaminhadas a dois hotéis. Segundo a prefeitura, pessoas também foram encaminhadas a um alojamento provisório na sede da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri), no bairro Itacorubi.

Além disso, o balanço também contou 30 veículos danificados e removidos do local do acidente. Na operação de auxílio, trabalham 200 funcionários da prefeitura, com 40 caminhões para a remoção dos entulhos.

 

Orçado em R$ 6,6 milhões, o Reservatório R4 de Água Tratada do Monte Cristo, da Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan) foi inaugurado há menos de um ano e meio. Entregue pela empresa estadual no dia 25 de março de 2022, a estrutura durou 17 meses e 12 dias até se romper, na madrugada da última quarta-feira (6), atingindo dezenas de casas no bairro Monte Cristo, região Continental de Florianópolis.

Desculpas e vistorias

O rompimento do reservatório no bairro Monte Cristo acontece menos de três anos após outra catástrofe ambiental provocada pela Casan em Florianópolis: o rompimento da estação de tratamento na Lagoa da Conceição, em 25 de janeiro de 2021.

Em conversa com os moradores do Monte Cristo, o diretor-presidente da Casan, Edson Moritz, pediu desculpas pela tragédia e prometeu uma vistoria geral em unidades de armazenamento de água pelo estado.

“Queria pedir desculpas, ainda que não seja desculpável o que aconteceu, com toda sinceridade”, afirmou o presidente. “Agora, nossa primeira questão é o cuidado e a saúde de vocês, e estamos mobilizados desde a primeira hora para fornecer rapidamente alimentos e abrigo. Enquanto todos não estiverem com o mínimo de conforto, não vamos sair daqui com a equipe.”

Ex-diretor financeiro da Casan, Moritz assumiu o comando da empresa desde a saída de Laudelino de Bastos e Silva, no final de agosto. Antes de Bastos e Silva, a Casan era comandada por Roberta Maas dos Anjos (2019 – 2023), presidente na época de inauguração do Reservatório R4, do Monte Cristo e também na época do desastre da Lagoa da Conceição.

Foto: PMF / Divulgação