23 de novembro de 2024
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Cotidiano

Florianópolis realiza o primeiro pagamento por compostagem comunitária do Brasil

A Prefeitura de Florianópolis realiza a primeira experiência no Brasil de pagamento por compostagem comunitária. Em junho, foram assinadas quatro ordens de serviço para processamento de aproximadamente 70 toneladas de resíduos orgânicos por mês em pátios descentralizados.

Em pouco mais de dois meses, já foram compostadas mais de 85 toneladas de restos de alimentos. Além das 250 toneladas que são processadas por mês pela Agroecológica Serviços Ambientais, no Centro de Valorização de Resíduos (CVR), no bairro Itacorubi.

“Esse tipo de econegócio permite à cidade ter novos pontos de destino final adequado para resíduos orgânicos. Na prática, aplicamos modelo de economia circular, com recuperação de resíduos e ampliação de hortas e jardins urbanos”, aponta o prefeito.

 

Pela caracterização dos resíduos gerados em Florianópolis, 35% do que vai para o aterro sanitário são orgânicos, entre restos de alimentos e podas, que podem ser recuperados pela coleta seletiva. Ano passado, com a seletiva flex Floripa, já foram desviadas do aterro 7,2 mil toneladas de orgânicos, permitindo ganhos de R$ 2 milhões.

Descentralização

Três organizações operam pátios de compostagem no Sul da Ilha de Santa Catarina: Eduardo Elias Rodrigues (Destino Certo) e Associação de Amigos do Parque Cultural do Campeche (Pacuca), no Campeche, e Composta Aí no Morro das Pedras. A microempresa de Francisca Aires Neves, Compostare, atua no Cacupé.

Essas organizações recebem R$ 156,81 por tonelada recuperada, valor que corresponde ao que a cidade deixa de gastar com transporte e aterramento de rejeito, mais remuneração pelo serviço de responsável técnico para acompanhamento, operação, licenciamento e elaboração de relatórios de pátio de compostagem.

Toneladas recuperadas:

Pacuca, Campeche:10 toneladas/mês, resíduos orgânicos entregues por moradores, creches e restaurantes
Destino Certo, Campeche: 20 toneladas/mês, resíduos orgânicos provenientes de restaurantes, associações e penitenciária
Composta Aí, Morro das Pedras: 20 toneladas/mês, resíduos orgânicos provenientes de bares e restaurantes, escolas, condomínios e Ecoponto do Morro das Pedras
Compostare, Cacupé: 20 toneladas/mês resíduos orgânicos separados pelo Floripa Shopping.

Reciclagem de orgânicos

Caracterização dos resíduos sólidos domiciliares coletados em Florianópolis

  • 35% são orgânicos (24% restos de alimentos e 11% resíduos verdes como podas, restos de jardinagem e folhas varridas na limpeza pública);
  • 43% são recicláveis secos (embalagens de plástico, papel, metal e vidro);
  • 22% são rejeitos (lixo sanitário e outros materiais que não podem ser recuperados).

Fotos: Leonardo Sousa/Divulgação PMF e Sofia Leal/Divulgação PMF