21 de setembro de 2024
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Cláudio Prisco

Foco na unidade

Bancada de deputados estaduais do PP durante a segunda sessão itinerante da ALESC. Imagem: Redes Sociais / Dep. Pepê Collaço

21 de junho de 2024

A direção estadual do PP está hoje focada em manter a coesão com vistas às eleições municipais deste ano. Mas vale lembrar que, no ano passado, os deputados Pepê Collaço, Altair Silva e Zé Milton, questionaram os atuais dirigentes sobre a necessidade de uma renovação dos quadros. Entretanto, a pressão, pra variar, não foi bem-sucedida.

O grupo liderado pelo senador Esperidião Amin conseguiu emplacar o ex-deputado estadual e federal, Leodegar Tiscoski, alegando que seria de forma provisória, mas acabou se tornando um encaminhamento definitivo. Ele segue na proa partidária.

E os parlamentares ficaram aguardando uma efetiva renovação, não apenas da executiva, mas também de todo o diretório, porque estavam na expectativa de assumir o comando da sigla. Aliás, os três parlamentares, que estão alinhados ao governo de Jorginho Mello, observaram que Leodegar continua à frente do PP catarinense. Recentemente, acompanhados de Esperidião Amin, Leodegar Tiscoski e o secretário-geral Aldo Rosa, estiveram com Ciro Nogueira, senador pelo Piauí e presidente nacional do partido.

De cima

E é evidente que, considerando que o partido tem um senador, embora não tenha elegido nenhum deputado federal, toda a iniciativa de Amin é respaldada em Brasília.

Definhando

Só que, além de estar perdendo tamanho nas disputas municipais, e isso já observando as últimas eleições, nesta não será diferente nesta.

Envergadura

Há uma incógnita se o PP elege 40 prefeitos das 295 prefeituras em disputa. No passado, o partido rivalizava com o MDB no controle da maioria das administrações catarinenses.

Ali adiante

O que ocorre é que, como os deputados percebem que a renovação partidária não chegará, eles começam a jogar pesado com vistas a 2026.

Quem?

Sim, porque o nome natural do PP para uma composição majoritária em torno da recondução de Jorginho Mello é Esperidião Amin. Integrando a chapa, ele e Jorginho buscariam a reeleição. Ambos se elegeram senadores em 2018 e disputaram o governo em 2022.

Decepção

Aliás, Jorginho ficou desapontado com a falta de apoio do PP. Ele chegou a oferecer a posição de vice para a ex-deputada Ângela Amin. Isso, quer queira, quer não, mesmo que hoje Jorginho Mello e Esperidião Amin estejam bem alinhados, deixou uma marca, porque Jorginho foi para a eleição sem nenhuma coligação, literalmente sozinho.

Aventando

Agora, considerando a postura da direção estadual que não abre espaço para os deputados assumirem a legenda em Santa Catarina, os parlamentares começam a colocar para Jorginho Mello que Esperidião Amin não os representa.

Tamanho

Claro que nenhum dos três estaduais teria condições de emplacar numa chapa majoritária, mas certamente vão buscar outra liderança à frente. E, desejam assim, dar um chega pra lá na velha liderança do PP, na estrada há quase 50 anos.

Calendário

A eleição de 2026 está distante, mas, de qualquer forma, ou o PP busca uma ampla reaglutinação, ou poderá enfrentar dificuldades daqui a dois anos. Sem falar nas projeções para 2024, nada animadoras. Se o partido já está sem musculatura e dividido, estará ainda mais enfraquecido para a próxima disputa estadual.