30 de setembro de 2024
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Policial

Fraudes com criação de criptomoedas e NTFs são alvos de operação da PF

Associação criminosa promoveu esquema em feira em Dubai e teve cerca de 22 mil vítimas com prejuízos que chegam a R$ 100 milhões

Uma associação criminosa com base em Balneário Camboriú, no Litoral Norte de Santa Catarina, foi alvo de uma operação da Polícia Federal na manhã desta terça-feira (27). A Operação Fast investiga projeto fraudulentos relacionados à criação de criptomoedas e NFTs (Tokens Não-Fungíveis).

Dois mandados de prisão e seis de busca e apreensão são cumpridos nos municípios catarinenses de Balneário Camboriú e Itajaí, e em Curitiba e Londrina, no Paraná. Medidas de sequestro e bloqueio de bens de cinco pessoas e três empresas também foram aplicadas.

De acordo com a PF, o grupo investigado desenvolveu diversos projetos interligados, onde os investidores adquiriam uma criptomoeda criada pelo grupo com valor supostamente vinculado a parcerias com empresas, prometendo altos lucros por meio de corretoras de criptoativos. O lançamento do esquema foi promovido em uma feira de investidores em Dubai, nos Emirados Árabes.

 

Posteriormente, a organização também passou a atuar na comercialização de franquias de mobilidade urbana, o que continua sendo divulgado pelos integrantes. Foram identificadas aproximadamente 22 mil vítimas no Brasil e no exterior e perdas no valor aproximado de R$ 100 milhões.

Os integrantes do grupo responderão pela prática de crimes contra o Sistema Financeiro Nacional, associação criminosa e lavagem de dinheiro, cujas penas máximas totais previstas podem chegar a 28 anos de reclusão.

A investigação partiu de denúncias recebidas pelo canal oficial da Polícia Federal em Itajaí para tratamento de informações sobre pirâmides financeiras (denunciapiramides.iji@pf.gov.br). A PF reforça que as denúncias encaminhadas por esse canal são tratadas com total sigilo.

 

Foto: PF/Divulgação