Foto: Airton Fernandes/Secom SC
Segundo a Defesa Civil, afastamento de frente fria vai permitir nova concentração de ventos vindos do norte do país
A fumaça das queimadas que atingem as regiões amazônica e central do Brasil devem voltar a impactar a qualidade do ar em Santa Catarina a partir desta sexta-feira (6). Segundo a central de monitoramento da Defesa Civil, como afastamento da frente fria que atua sobre o estado, os ventos devem voltar a trazer a fumaça para o sul do país.
Aqui em Santa Catarina, essa fumaça tem sido percebida de maneira clara durante o entardecer e o amanhecer, quando o céu assume uma coloração avermelhada. Além disso, imagens de satélite têm captado essa concentração de fumaça sobre todo estado.
A presença de fumaça no ar pode afetar a visibilidade e prejudicar a qualidade do ar, representando um risco para a saúde pública, especialmente para as populações mais vulneráveis, como crianças, idosos e pessoas com doenças respiratórias ou cardíacas.
Como a fumaça das queimadas chega até aqui?
O aumento das queimadas nas regiões amazônica e central do Brasil é um fenômeno esperado nesta época do ano, devido ao baixo volume de chuvas que alterna entre uma estação seca (outono e inverno) e uma estação chuvosa (primavera e verão).
No entanto, em 2024, essas ocorrências tiveram um crescimento expressivo que, segundo a Defesa Civil, pode ser atribuído à influência do fenômeno El Niño, que intensificou as chuvas no Sul do Brasil enquanto deixou outras regiões, como a Amazônia e o Centro-Oeste, mais secas do que o normal.
Mesmo sem muitas queimadas no Sul do Brasil, a região tem sofrido com a forte presença de fumaça e partículas transportadas pelos ventos que sopram de norte, especialmente pelos fluxos de calor e umidade que vêm da Amazônia. Esse transporte é intensificado em condições pré-frontais, ou seja, nos dias que antecedem a chegada de frentes frias, quando o fluxo de ar quente e úmido se intensifica.
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Recomendações de segurança
Segundo a central de monitoramento da Defesa Civil, a longo prazo, a presença da fumaça persistirá até que as queimadas nas regiões afetadas sejam controladas ou até o retorno da estação chuvosa, entre a primavera e o verão.
Enquanto isso, o órgão recomenda beber bastante água e ficar atento a possíveis sintomas de irritação respiratória como tosse, dificuldade para respirar e irritação nos olhos, principalmente para as populações mais vulneráveis, como crianças, idosos e pessoas com doenças respiratórias ou cardíacas.
