24 de novembro de 2024
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Paulo Chagas

Governadores apontam divergências na Reforma Tributária

A configuração e o funcionamento do Conselho Federativo a ser criado pela reforma tributária, com a função de gerir a distribuição do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), foi um dos pontos levados à discussão pelos governadores na sessão do Senado sobre proposta emenda à Constituição (PEC 45/2019), nesta terça-feira (29). Realizada no Plenário, a sessão de debates atendeu a requerimento do senador Jorge Kajuru (PSB-GO), sendo uma das etapas do aprofundamento da matéria, já aprovada pela Câmara dos Deputados e cuja análise e votação cabem agora ao Senado. Dentre outras mudanças, a PEC propõe a extinção de cinco impostos, entre eles o ICMS (estadual) e o ISS (municipal), e a criação de um tributo único, o IBS. Governadores e prefeitos temem perder autonomia sobre a própria receita com esse novo desenho do sistema tributário. No Senado, o presidente Rodrigo Pacheco, considerou a sessão um momento histórico e ressaltou que, mesmo havendo previsão de votação da PEC para o início de outubro, a prioridade é fazer uma discussão ampla e profunda da matéria. Segundo ele, “nada será feito de modo açodado”. Por sua vez, os governadores apontaram a necessidade de mais debate também sobre questões como os limites que caracterizariam o IBS, com respeito à autonomia federativa; a metodologia e o prazo para essa transição, bem como o dimensionamento e a distribuição do Fundo de Desenvolvimento Regional (FNDR), que também deve ser criado pela PEC 45/2019. Esse fundo deverá ser financiado com recursos da União, com valores crescentes a partir de 2029, chegando a R$ 40 bilhões por ano a partir de 2033. (Fonte: Agência Senado – Foto: Roque de Sá/Agência Senado)

Jorginho Mello apoia a reforma tributária, mas exige que seja justa

Governador do Estado de Santa Catarina, Jorginho Mello. Foto: Roque de Sá/Agência Senado

O governador Jorginho Mello (PL) que esteve participando da sessão especial do Senado Federal destinada a debater com os governadores dos 27 estados da federação a reforma tributária, disse que a simplificação, é o que está sendo buscada. Ele citou o Simples Nacional como um bom exemplo a ser copiado. A referência é ao sistema de tributação simplificada criado em 1996 para facilitar o recolhimento de contribuições das microempresas e Empresa de pequeno porte. “Santa Catarina espera e apoia a conclusão dessa reforma. É preciso chegar a um consenso para termos uma reforma duradoura, justa e que não aumente os impostos”, finalizou, defendendo alterações no texto para a efetivação da reforma. Por fim, no dia 11 de setembro, os três governadores do Sul deverão ter uma reunião fechada com o relator no Senado, o senador Eduardo Braga (MDB-AM).

Sistema carcerário: Governo de SC está diante de um sério problema

Reportagem publicada em site nacional expôs a séria situação em que vive o sistema prisional de Santa Catarina. Por outro lado, em muitas delas, os detentos trabalham / Foto: Jeferson Baldo/Secom

O sistema prisional de Santa Catarina, há muitos anos vem requerendo atenção. No entanto, a partir da troca dos titulares da Secretaria da Administração Prisional e Socioeducativa, recentemente, o assunto ganhou nova repercussão, e precisa ser tratado com firmeza pelo atual governo. A reportagem publicada com exclusividade pelo UOL retrata cruamente a questão, explicitando a crise existente dentro e fora dos muros das unidades prisionais. O site teve acesso a um oficio elaborado pelo Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura (MNPCT), em agosto, no qual, consta proposta de transferências indevidas denúncias de torturas e condições insalubres nas celas. O governo disse estar ciente e que repudia qualquer violação. Entre as proposições, a transferência ilegal de adolescentes em medida socioeducativa, lotados em Joinville, para a unidade prisional de São Francisco do Sul, que abriga somente adultos. Uma revelação crítica e grave, fala também em tortura. As queixas envolvem também a estrutura. Seja como for, providências estão sendo aguardadas. O problema nos presídios catarinenses é mais sério do que se imaginava. Há ciência tanto do governo de Santa Catarina quanto do federal. O site reitera, que a situação, sem exagero, é uma bomba prestes a explodir. A reportagem completa você pode ver aqui.

Lei das transferências já pode ser aplicada

Chega a informação de que já está valendo em SC a lei que regulamenta as transferências especiais voluntárias do governo do Estado aos municípios catarinenses. Encaminhada pelo Poder Executivo após mobilização da Assembleia Legislativa, a lei visa possibilitar os repasses de recursos do orçamento do Estado previstos no antigo Plano 1000 e permitir a conclusão de obras já iniciadas e que estão paradas, ou ressarcir os municípios daquelas que foram concluídas sem os recursos do Estado. A lei aprovada por unanimidade pelos deputados estaduais deve beneficiar especialmente a população catarinense que vive no interior de Santa Catarina.

Anulação do impeachment de Dilma

PT apresenta projeto que pede anulação do impeachment de Dilma / Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

Após pedido de arquivamento da dação de improbidade administrativa pelas chamadas “pedaladas fiscais”, no Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), o Partido dos Trabalhadores requereu a anulação do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), junto ao Congresso Nacional. Obviamente, também requer a devolução simbólica do mandato dela. O próprio presidente Lula também pediu a “reparação” para a colega de partido. Na verdade, a defesa do PT é pela ilegalidade do impeachment, que até hoje afirma ter sido um golpe. Seja como for, a ideia é reparar o “equívoco político” também no Congresso. Não será de duvidar, se isso acontecer, venha na sequência um processo contra a União e uma polpuda indenização. Vale dizer, que especialistas no caso, afirmam que o arquivamento, não inocenta Dilma, uma vez que o mérito da ação não foi analisado. Mas, a narrativa será na direção da inocência. Da mesma forma vivenciada nos processos envolvendo Lula.

7 de Setembro

Em reunião realizada na segunda-feira (28), na Casa do Conservador, em Lages, os integrantes discutiram sobre a participação ou não no 7 de Setembro. Na ocasião, o grupo decidiu que neste ano, seguindo os grandes centros, não irá se manifestar, por entender que não há o que comemorar no Dia da Independência do Brasil. Sugere, inclusive, que todos os de direita e conservadores que fiquem em casa.