A questão da compra dos respiradores, com o gasto de R$ 33 milhões feita pelo Governo de Santa Catarina, lá no começo da pandemia, ainda assombra o governador licenciado Carlos Moisés. Nem precisa repetir o que aconteceu em meio às investigações, e que resultaram em processo de impeachment. O assunto tem ressurgido na campanha. Por outro lado, a Procuradoria-Geral do Estado procura informar sobre a recuperação do dinheiro, ou parte dele. Recentemente, noticiou que R$ 14,5 milhões entraram na conta da Secretaria de Saúde. É o resultado de uma transferência dos mais de R$ 12 milhões que faltavam foi efetuada. Anunciou que o dinheiro já está disponível, e que se soma a outros R$ 2,2 milhões, transferidos ainda em agosto. A informação dá conta ainda, de que pelo menos mais R$ 25 milhões estão bloqueados pela Justiça. A ocorrência do fato em si, e todos os desdobramentos, são utilizados como munição dos adversários durante a campanha, até pela forma em que tudo aconteceu, e ainda transcorre. Dúvidas, permanecem.
Jorginho Mello prestigia o suplente ao senado
Durante campanha em Imbituba, nesta quarta-feira (21) o candidato ao governo estadual pelo PL, Jorginho Mello, participou de encontros, acompanhado do ex-prefeito Beto Martins, seu segundo suplente no Senado. É ele quem vai substituir Dona Ivete da Silveira em dezembro, no Senado, ficando no cargo por 30 dias. Em Imbituba o candidato afirmou que é um dos municípios que será prestigiado em seu governo. O candidato também esteve em Brusque, onde participou de ato que marcou a Aliança 22, e falou que vai trabalhar no projeto de licitação da obra de duplicação da SC 486. Por falar em Ivete no Senado, eis uma das questões das discordâncias de parte dos partidários do MDB, da junção com Carlos Moisés.
Boeira em campanha sem olhar para índices das pesquisas
Os baixos índices apresentados nas pesquisas, parecem não desestimular o candidato do Partido Democrático Trabalhista (PDT), Jorge Catarino Boeira. Ele segue percorrendo as regiões do Estado, participando de atos, e fortalecendo a proposta de governo. Enfim, não se deixar levar pelos levantamentos. Em Florianópolis, esta semana, marcou presença em evento de lançamento da carta-compromisso com medidas de fortalecimento do controle interno e de combate à corrupção da Sindiauditoria e Acafe. Segundo ele, os compromissos assumidos consolidam a estrutura estadual de controle e combate à corrupção; realização de concurso público e nomeação de auditores do Estado, entre outras obrigações. Enfatizou também o respeito que sempre teve pelo dinheiro público. Finalizou seu discurso ressaltando que nenhum governador conseguirá conduzir o Estado, sem a participação da sociedade civil organizada.
Políticos precisam considerar mais a causa autista
Eis um problema que o político precisa ter mais sensibilidade. Ontem à noite, em uma live, abordei o assunto com a jovem Larissa Smith, mãe do Pedro, uma criança autista, e moradora de Florianópolis. Decidi entrar no assunto pela simples razão de estar vendo candidatos prometendo lutar pela causa autista, apena para constar na lista de promessas. Aliás, algo peculiar na campanha. Obviamente não todos, mas, há quem não tenha ideia da complexidade da questão em si, e segue falando e utilizando-se da causa em campanha. Conversei com Larissa por quase uma hora. É dela a ideia da implantação na Capital, do Projeto Pró Autismo, num espaço em que consegue atender mais de mil crianças e adolescentes autistas, e com eles, as famílias.
Grande Florianópolis não adere ao projeto
Estarreceu-me quando Larissa disse que não tem apoio das prefeituras da Grande Florianópolis. Diferente da Capital, que abraçou o projeto, mas que mesmo assim, atende as crianças das cidades vizinhas. Deve ter alguma justificativa para negação, embora difícil a compreensão. O Projeto Pro Autismo está também implantado em Lages, e com estrutura completa. Está zerada fila das crianças que precisavam de uma simples consulta, são mais de 400. A atenção está se expandido para as demais pessoas da Serra, que carecem de amparo. O projeto tem forte participação de um vereador da cidade, e que agora busca espaço como deputado estadual. As famílias de autistas, já sabem de quem estou falando. Em suma, a política deve ser mais participativa em torno da causa.