O tabaco aquecido têm quantidades variáveis de nicotina e ou substâncias tóxicas que prejudicam o uso direto e indireto da fumaça. Imagem: Freepik.
Campanha alerta para os riscos do uso de cigarros eletrônicos
Em comemoração ao Dia Mundial Sem Tabaco, que ocorre nesta sexta-feira (31), o Ministério da Saúde e o Instituto Nacional de Câncer (Inca) lançaram nesta semana campanha de prevenção ao uso de cigarros eletrônicos. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), novos produtos, como os cigarros eletrônicos, junto com informações incorretas sobre o tabaco ameaçam a sociedade e provocam uma iniciação cada vez mais precoce no hábito do tabagismo.
O foco da campanha deste ano é a proteção das crianças contra a interferência da indústria do tabaco. Está sendo utilizada uma linguagem jovem na busca de promover uma mudança de comportamento e assim proteger as novas gerações dos perigos do uso do tabaco.
De acordo com os dados da última Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) de 2019, 16,8% dos estudantes no Brasil com idade entre 13 e 17 anos já haviam experimentado o cigarro eletrônico, destes 13,6% com idade de 13 a 15 anos e 22,7% com 16 e 17 anos. As informações demonstram ainda o aumento de 5,6%, em 2013, para 6,8%, em 2019, do número de estudantes de 13 a 17 anos que declararam ter consumido cigarros nos 30 dias anteriores à data da pesquisa.
Já a região Sul do Brasil está em segundo lugar em relação a experimentação do cigarro eletrônico. Ela aparece na pesquisa com 21,0% dos jovens entrevistados. Ficando atrás apenas do Centro-Oeste que apresentou 23,7%.
Prejuízos
O Ministério da Saúde destaca que os cigarros eletrônicos e outros produtos de tabaco aquecido têm quantidades variáveis de nicotina e ou substâncias tóxicas que prejudicam o uso direto e indireto da fumaça. Estudos recentes apontam que o uso de cigarros eletrônicos podem aumentar o risco de doenças cardíacas e distúrbios pulmonares. Além de afetar negativamente gestantes com em relação ao desenvolvimento cerebral do feto.
O consumo de tabaco é considerado importante fator de risco para doenças cardiovasculares e respiratórias e para mais de 20 tipos ou subtipos diferentes de câncer, além de outras condições de saúde classificadas como “debilitantes”.
Em abril deste ano a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) revisou e manteve a resolução que proíbe a comercialização, a fabricação e a publicidade de cigarros eletrônicos no Brasil.
Com informações da Agência Brasil