Estabelecimentos são fiscalizados após morte de jovem de 21 anos
Um homem foi preso em flagrante após ser flagrado vendendo fios de cerol e de linhas cortantes para pipas em um estabelecimento comercial em Itajaí, no Litoral Norte de Santa Catarina. A ação é parte da Operação Tânatos, deflagrada pela Polícia Civil (PCSC) e a Guarda Municipal nessa quinta-feira (11).
Sete estabelecimentos foram fiscalizados pela Departamento de Investigações Criminais (DIC) de Itajaí no âmbito da operação. A prisão ocorreu em um desses locais, onde foi cumprido um mandado de busca e apreensão.
Na oportunidade, segundo a PCSC, foram localizados diversos componentes do cerol, como pacotes com vidro moído e tubos de cola, além de rolos com linha chinesa, uma versão industrial do fio já com o componente cortante agregado, todos prontos para a venda.
Por conta do fator de risco aos consumidores, o responsável pelo material foi preso em flagrante por crime contra as relações de consumo. A finalização dos procedimentos policiais, ele foi encaminhado ao Presídio de Itajaí, onde está à disposição da justiça.
De acordo com a Delegacia de Polícia Civil de Itajaí, essas ações serão realizadas com frequência com o objetivo erradicar a comercialização e utilização do cerol em linhas de pipa. O produto é usado para cortar a linha de outras pipas durante o “combate” — uma prática comum em brincadeiras de empinar pipas, principalmente em áreas urbanas.
Jovem decapitado no Litoral Norte

Acidentes envolvendo o produto são recorrentes, causando lesões e até mesmo a morte de usuários e pedestres, ciclistas e motociclistas. Em março deste ano, o jovem de 21 anos Luiz Eduardo Scloneski foi atingido linha de pipa com cerol na BR-470 em Navegantes. Ele foi decapitado e morreu às margens da rodovia.
Desde 2001, o uso de “pipas ou similares equipadas com instrumentos cortantes e com linhas preparadas à base de produtos cortantes” é proibido em Santa Catarina, determinado pela Lei nº 11.698. A pena para o crime é a apreensão da pipa com cerol e uma multa de R$ 200,00
Santa Catarina tem 13 pessoas e empresas na ‘Lista Suja’ do trabalho escravo
Mais de 130 pessoas foram resgatadas de situação análoga à escravidão em 10 cidades
Santa Catarina tem 13 nomes de pessoas e empresas na chamada Lista Suja do Trabalho Escravo no Brasil. O cadastro de empregadores que submeteram trabalhadores a condições análogas à escravidão foi atualizado nessa quarta-feira (9) pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Foram acrescentados o nome de uma pessoa residente em Florianópolis e uma empresa de Itapiranga, no Extremo Oeste catarinense.