As famílias aguardam há mais de um ano e quatro meses pelo desfecho do caso. Imagem: MPSC.
Um grande esquema de segurança foi montado, apenas pessoas credenciadas terão acesso ao local
O julgamento teve início as 8h33min da manhã desta quinta-feira (29) no Fórum de Blumenau, no Vale do Itajaí. Após o sorteio e composição do corpo do Júri iniciou a fase de instrução, com depoimento das testemunhas de acusação. O autor vai a júri popular por quatro homicídios qualificados e cinco tentativas de homicídio qualificado. Na ocasião foram quatro crianças assassinadas e outras cinco feridas no ataque a creche em Blumenau.
Os crimes serão julgados com o agravante de motivo torpe, meio cruel e de forma que dificultou a defesa das vítimas. As famílias aguardam há mais de um ano e quatro meses após o crime para o desfecho do caso. O acusado está numa cela ano fórum, mas não acompanha a sessão. A expectativa é que ele deve ficar em frente aos jurados apenas hora que prestar depoimento.
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Um grande esquema de segurança foi montado, apenas pessoas credenciadas terão acesso ao local onde serão ouvidas as testemunhas de acusação e, por último, as testemunhas de defesa. O promotor de Justiça Guilherme Schmitt acredita que o julgamento seja concluído ainda hoje.
O processo prevê depoimentos, a possibilidade de requerimentos, debates entre a acusação e a defesa com direito a réplica, no caso da acusação, e tréplica para a defesa. Ao final os jurados analisam tudo que foi exposto. O voto dos jurados é secreto e o resultado tem como base a maioria. Ao final a juíza elabora e profere a sentença.
O ataque
O crime ocorreu na manhã do dia 5 de abril de 2023 quando o acusado, de 25 anos de idade, invadiu a creche Cantinho Bom Pastor, no bairro Velha em Blumenau, e com uma machadinha matou quatro crianças, com idades entre 4 e 7 anos, e feriu outras cinco. O crime abalou Santa Catarina, o Brasil e repercutiu ao redor do mundo. O ataque ocorreu no momento que algumas crianças brincavam no pátio da creche e outras estavam em uma roda de conversa sobre a Páscoa.
Foram três minutos de terror na creche e em seguida o autor foi até um posto de combustíveis, onde comprou uma água e cigarros. Momentos depois o criminoso foi para o 10º Batalhão de Polícia Militar de Blumenau, que fica localizado à 150 metros do local, e se entregou. O caso provocou mudanças nos padrões de segurança escolar de Santa Catarina.
