O vazamento de imagens extremamente comprometedoras, envolvendo o acontecimento de 8 de janeiro. Os vídeos, agora, comprovam porque o Governo Federal estava tentando, de todas as formas, evitar a instalação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI). Palavras de parlamentares que aguardavam o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), para prestar esclarecimentos na Comissão de Segurança Pública, no Congresso, constam dizeres que a casa caiu, e de que o impeachment do atual presidente Lula, é uma questão de tempo. Além disso, a oposição pede a prisão do general. Muito grave. Nesta quarta-feira (19), o general Gonçalves Dias, acuado pelas revelações, apresentou atestado médico e não compareceu à Comissão de Justiça, e por fim, pediu demissão do cargo. Ele aparece nas imagens de forma complacente, em meio a invasores no Palácio do Planalto, durante os atos de 8 de janeiro, quando as sedes dos Três Poderes foram invadidas e depredadas. (Foto: Fátima Meira/Estadão Conteúdo).
Líder do Governo declara apoio à CPMI
Diante dos novos fatos revelados, até mesmo lideranças ligadas ao Governo Federal, decidiram apoiar a instalação da CPMI. É o caso do líder do governo na Câmara dos Deputados, o deputado federal José Guimarães. As imagens do ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, general Gonçalves Dias caminhando ao lado de dos vândalos no palácio denotam total conivência. A decisão marca uma mudança na postura dos articuladores do Planalto, que inicialmente tentavam esvaziar a formação do colegiado. No entanto, Guimarães diz que o governo vai apoiar o Congresso Nacional em prol de uma apuração “ampla, geral e irrestrita”: “Doa a quem doer”. Está exposto um dos maiores escândalos da política recente, e justamente envolvendo o Governo Lula, logo no início do mandato. Nas redes sociais, as manifestações provocam a necessidade da instalação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para apurar os atos do dia 8 de janeiro, e esclarecer as ações e as omissões. Fatos que podem mudar toda a narrativa construída contra os manifestantes, presos às centenas naquele dia de janeiro.
Maioria no STF torna réus 100 denunciados nos atos de 8 de Janeiro
Enquanto as cenas reveladas poderão criar um novo capítulo da história do 8 de janeiro, nesta quarta-feira (19), o Supremo Tribunal Federal (STF), chegou a 6 votos de 10 para o recebimento das denúncias contra 100 envolvidos nos atos. O relator Alexandre de Moraes foi o primeiro a votar, favorável ao recebimento das denúncias e para tornar os acusados réus no processo. Acompanharam o relator os ministros Gilmar Mendes, Dias Toffoli, Luís Roberto Barroso, Edson Fachin e Cármen Lúcia. Com seis votos a favor no total de 10, o Supremo conseguiu maioria e resta agora Moraes analisar a manutenção da prisão dos acusados que ainda permanecem detidos. O julgamento se inicia no dia 25. Resta saber se algo poderá mudar agora, diante das novas revelações. (Fonte: Jovem Pan).