7 de setembro de 2024
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Saúde

Incentivo ao diagnóstico tardio de autismo em adultos e idosos é sancionado

Foto: Banco de imagens

Iniciativa amplia acesso a direitos e atenção integral às necessidades de portadores do TEA

O diagnóstico tardio do Transtorno do Espectro Autista (TEA) em adultos e idosos torna-se agora uma política de saúde pública em Santa Catarina. Isso porque o Governo do Estado sancionou recentemente o Projeto de Lei que incentiva esse tipo de diagnóstico para ampliar a atenção integral às necessidades dos portadores do transtorno em qualquer fase da vida.

Até então, a legislação concentrava seus esforços no diagnóstico precoce e no atendimento de crianças e adolescentes com TEA. Com a sanção da nova lei, ocorre uma mudança no inciso III do art. 23 da Lei nº 17.292 de 2017, que consolida os direitos das pessoas com deficiência, para constar também o incentivo ao diagnóstico tardio do TEA em adultos e idosos.

Para o secretário adjunto da Casa Civil, Marcelo Mendes, a aprovação da lei beneficia quem não pôde ser diagnosticado oportunamente. “É essa atenção integral prevista pela lei que vai garantir um atendimento multiprofissional e acesso a medicamentos, nutrientes do tratamento. Sem dúvida, é mais uma ação que reforça a importância que o Estado tem dado para a saúde”, afirma.

O Projeto foi apresentado na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc) pelo deputado Dr. Vicente Caropreso (PSDB), que é médico neurologista e também presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência. Na justificativa, o deputado destaca a importância deste tema, que tem ganhado cada vez mais relevância em meio à saúde.

“Para muitos adultos autistas, passar anos ou décadas sem um diagnóstico pode significar uma vida de incompreensão, autocrítica e isolamento. O autismo não se limita à infância ou adolescência. Adultos em todo o mundo estão recebendo diagnósticos que iluminam décadas de perguntas sem resposta, oferecendo um novo contexto para suas vivências e desafios”, explicou Caropreso.

A importância do diagnóstico tardio

O diagnóstico tardio do TEA em adultos e idosos é crucial por diversos motivos, principalmente por promover um maior entendimento individual e social, facilitando a compreensão mútua e o acesso aos direitos assegurados pela lei. A medida amplia o escopo da política estadual, e também fortalece a rede de apoio e cuidados necessários para garantir uma vida digna e plena a todos os catarinenses.

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“O governo do Estado vem empenhando esforços para aumentar a capacidade instalada com centros de especialidades focadas em reabilitação, como as AMAs, as APAEs e, através dessa legislação, acreditamos que poderemos cada vez mais avançar no atendimento de qualidade para nossa população”, reforça o secretário de Estado da Saúde, Diogo Demarchi.