Na verdade, sempre foi assim. Em qualquer segmento que haja participação popular, há interesses diretos pelo domínio partidário. Foi assim nas eleições para a escolha dos conselheiros tutelares, e dentro das escolas, para eleger os diretores, o mesmo objetivo. Em Santa Catarina o assunto no âmbito escolar entrou na pauta de discussões dentro da Assembleia Legislativa de Santa Catarina. Uma evidência que o interesse político domina a escolha dos diretores. O debate gira em torno de um decreto que regulamente as eleições nas escolas estaduais, em substituição ou suste o que está em vigência. A proposta vem do deputado Marquito (Psol). Segundo o deputado, o sistema atual limita a participação da comunidade escolar no processo eleitoral de escolha dos diretores, e fere o caráter democrático.
Na foto, os deputados Marquito (na tribuna), Carlos Humberto e Massocco em debate sobre o decreto do Executivo / Foto: Bruno Collaço / Agência AL
E o que está sendo proposto
Para o deputado o melhor seria que o pleito aconteça em dia de semana e durante o horário escolar, e mesmo que os candidatos não recebam 50% dos votos mais um, o diretor da unidade seja escolhido por indicação do governador do Estado. Dentro dessa premissa, o questionamento é de que o governador teria o poder de indicar mais de 90% dos diretores. Um processo que não dá a garantia de uma eleição com a participação direta da comunidade. Marquito foi contrariado na sua proposta. O assunto seguirá em discussão. Por sua vez, o deputado Massoco (PL) contrapôs as afirmações de Marquito, declarando que com o decreto o governo até mesmo até mesmo amplia a participação da comunidade escolar no processo ao prever que além de professores, funcionários do setor administrativo das unidades também possam concorrer ao cargo de direção. “Retrocesso seria se o governador tivesse encaminhado um decreto dizendo que as eleições para diretores de escolas seriam por indicação política”, disse.
Governo empenhado em atender as ocorrências das chuvas em SC
Capitaneada pelo próprio governador Jorginho Mello, a Defesa Civil atua com total atenção. Nesta sexta-feira (6), à noite, em conversa com a imprensa, o governador falou sobre a projeção climática para os próximos dias e o que foi tratado na reunião conjunta com as secretarias e órgãos do estado envolvidos no trabalho de minimizar os possíveis estragos das chuvas. A partir desta sexta se junta ao grupo também o Exército Brasileiro que deve participar das ações quando for necessário. O último levantamento apontou que subiu para 71 o número de municípios que registram ocorrências no estado, mas a tendência é de aumentar. A previsão mantém a indicação de fortes chuvas em praticamente todo o estado, especialmente no Alto Vale do Itajaí, em cidades como Blumenau e Rio do Sul e vizinhança. A Secretaria de Proteção e Defesa Civil já está articulando com as defesas civis municipais o envio de alimentos, colchões, cobertores entre outros itens, como medicamentos.
Terceira faixa na BR-101 entre Porto Belo e Piçarras
Gosto de registrar as atitudes dos deputados estaduais, além dos gabinetes e fora do território catarinense. Semana passada registrei aqui a ida do deputado Lucas Neves à Brasília, onde, juntamente com o federal Darci de Matos, procurou autoridades do Exército para tentar equacionar o problema da liberação das licenças para caça ao javali. Nesta semana, na quinta-feira (5), a deputada Paulinha também em Brasília, fez parte de reunião na Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) com o objetivo de propor uma solução paliativa para mitigar o trânsito intenso no trecho da BR-101 entre Porto Belo e Balneário Piçarras, um ponto complicado no período de verão. Na próxima semana, segundo a deputada, uma reunião na irá ser realizada com a Polícia Rodoviária Federal (PRF) para acertar as condições necessárias para instalação da terceira pista emergencial na rodovia. Além da parlamentar, a comitiva teve participação do senador Esperidião Amin e de prefeitos dos Municípios da Região da Foz do Rio Itajaí (Amfri). “Trafegar de Biguaçu até Joinville pela BR-101 se tornou absolutamente impraticável. É por isso que cobramos da ANTT e da Arteris a aprovação célere dos projetos de ampliação dessa terceira faixa”, explicou a deputada Paulinha.
Corredor litorâneo como alternativa
Após o início das obras, a parlamentar reforçou que o esforço será direcionado para a construção do Corredor Litorâneo, uma alternativa para o longo prazo. O projeto prevê uma rodovia paralela à BR-101 com seis pistas entre Joinville e Biguaçu, criando uma nova opção de tráfego na região. A estimativa é que essa nova rodovia poderá reduzir em até 60% o tempo de deslocamento no trecho.