A Polícia Federal realizou na manhã desta quinta-feira (1º) a operação Pseudólogos, com vistas a desarticular possível associação criminosa constituída para viabilizar a aquisição fraudulenta de armas de fogos por pessoas que não preenchem os requisitos estabelecidos pelo Estatuto do Desarmamento.
Estão sendo cumpridos oito mandados de busca e apreensão e outras sete medidas cautelares, nas cidades de Dionísio Cerqueira, em Santa Catarina e Barracão, no Paraná, ambas situadas na fronteira entre Brasil e Argentina.
Durante a investigação foi possível identificar que os suspeitos criaram uma estrutura empresarial para explorar, de forma organizada, o comércio varejista de armas e munições. A fraude consistia na falsificação de comprovantes de renda e declarações de residência, posteriormente utilizados por pretensos compradores, com vistas a permitir que pessoas desprovidas de ocupação lícita e residência certa pudessem obter uma arma de fogo.
Suspeita-se que por meio de tais condutas os investigados tenham fomentado a circulação ilegal de inúmeras armas de fogo, inclusive em benefício de pessoas envolvidas com o descaminho e contrabando de produtos oriundos da Argentina.
A Polícia Federal até o momento identificou que a respectiva estrutura empresarial atuou como representante em, ao menos, 690 processos junto ao SINARM (Sistema Nacional de Armas, administrado pela PF), tendo realizado a venda de aproximadamente 425 armas de fogo (das quais 220 de calibre 9mm), vindo a obter uma receita de quase dois milhões de reais.
A PF instaurou inquérito e representou perante a Justiça Federal em Chapecó, no Oeste catarinense, por mandados de busca e apreensão, quebra de dados telemáticos e inúmeras outras medidas cautelares diversas da prisão.
Confira na reportagem de Matheus Deischmann para o Band Cidade:
Foto: Polícia Federal/Reprodução