21 de novembro de 2024
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Manifestantes jogam lama e pedras no Rei da Espanha

A comitiva foi atacada pelos manifestantes. Imagem: Reprodução / Redes Sociais.

O monarca foi chamado de assassino ao visitar a região atingida pelo desastre que já vitimou mais de 200 pessoas

Uma verdadeira multidão jogou lama, pedras e objetos em comitiva da família real da Espanha, e no presidente espanhol, Pedro Sánchez, no momento que ocorria uma visita a uma das regiões que foram atingidas pela chamada “enchente do século”. Até o momento 217 mortes foram confirmadas pelas autoridades espanholas. O material arremessado chegou a atingir o rosto do rei Felipe VI e da rainha Letizia.

Confusão ocorreu no último domingo (03), em Valência, quando centenas de voluntários e moradores de Paiporta, um dos epicentros da tragédia onde 62 pessoas morreram, interromperam a limpeza das ruas afetadas pela tragédia que atingiu a Espanha na última terça-feira. Os manifestantes protestaram contra as autoridades com gritos de “assassinos” e “fora, fora”.

O presidente espanhol precisou ser cercado pela equipe de segurança, um guarda-chuvas foi aberto para proteger a comitiva da lama e das pedras atiradas pelos moradores. Os manifestantes foram afastados por uma unidade de cavalaria da polícia. Pelo menos um dos seguranças da rainha sofreu um ferimento visível na testa.

Por segurança Pedro Sánchez abandonou a comitiva, mas o rei Felipe VI insistiu por mais algum tempo para falar com as pessoas. Mesmo com o rosto e a roupa sujos de lama, ele continuou a caminhar por uma das principais ruas da cidade e conversou com moradores, em seguida também deixou o local. Com o protesto outra visita do rei e da rainha à cidade de Chiva foi suspensa.

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A chuva prevista para um ano foi registrada em poucas horas. Imagem: Reprodução / Redes Sociais.

O maior desastre natural

As tempestades registradas na última terça-feira (28/10) despejaram em poucas horas a mesma quantidade de água prevista para cair em um ano. Pontes foram destruídas e casas arrastadas junto com centenas de veículos. O número de mortos chegou a 217 e o governo ainda não divulgou a quantidade de desaparecidos. O presidente Sánchez afirmou que esse é “o maior desastre natural da história recente da Espanha”.