Presidente da Companhia afirma que valores podem aumentar após novas avaliações de danos
Tentando compensar as mais de 200 famílias afetadas pelo rompimento do Reservatório R4, do bairro Monte Cristo, a Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan) iniciou o pagamento das indenizações aos moradores atingidos pelo desastre. Os dados divulgados pela prefeitura de Florianópolis na última quinta-feira (7) indicavam 386 pessoas afetadas e 171 famílias cadastradas nos serviços de acolhimento. Contudo, a contagem da empresa estadual aumentou esse número.
A Casan trabalha atualmente com o número de 220 famílias afetadas. No último sábado (9), foram atendidas as primeiras 20, para avaliação conjunta de danos e aceite dos valores indenizados. Os valores de antecipação foram estimados inicialmente entre R$ 1800 e R$ 40 mil. Segundo a Companhia, a média paga foi de R$ 20 mil, mas o valor pode aumentar após novas avaliações.
“As avaliações são individualizadas e prosseguirão até que todos possam receber o recurso, que é uma antecipação, eu reforço. A indenização total será um processo posterior”, alegou o diretor-presidente da Companhia, Edson Moritz.
Além dos danos materiais às residências e à mobília dos moradores, o balanço da prefeitura também contou 30 veículos danificados e removidos do local do acidente.
Medidas anunciadas pela Casan
1 – elaboração de relatório e laudo técnico pormenorizado sobre a situação de todos os reservatórios de água da Casan no prazo máximo de cinco dias úteis.
2 – informações e documentos acerca dos questionamentos formulados pela Defesa Civil sobre averiguação de infiltrações do reservatório R4 e providências tomadas
3 – Identificação de todas as obras da Casan efetivadas pela Construtora Gomes & Gomes
Custo e prazo da tragédia
Orçado em R$ 6,6 milhões, o Reservatório R4 de Água Tratada do Monte Cristo, da Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan) foi inaugurado há menos de um ano e meio. Entregue pela empresa estadual no dia 25 de março de 2022, a estrutura durou 17 meses e 12 dias até se romper, na madrugada da última quarta-feira (6), atingindo dezenas de casas no bairro Monte Cristo, região Continental de Florianópolis.
Foto: Secom / Divulgação