Foto: Aires Mariga / Epagri
Meteorologistas acompanham situação de ‘estiagem leve’ no estado desde dezembro
Alguns municípios de Santa Catarina podem enfrentar níveis moderados de estiagem em 2025. Isso porque o fenômeno La Niña já começa a dar sinais, apesar de em fraca intensidade. Essa projeção foi apresentada em uma nota conjunta emitida por meteorologistas da Epagri/Ciram e da Defesa Civil.
Ao contrário do El Niño, o La Niña se caracteriza pelo resfriamento da água na região equatorial do Oceano Pacífico, o que pode provocar chuvas irregulares e tendência de acumulados próximos e até abaixo da média, em especial no Grande Oeste catarinense. Segundo os meteorologistas, para que o La Niña se concretize, é necessário que este resfriamento se mantenha abaixo do limiar de -0,5°C, o que já foi atingido.
Caso se confirme, tudo indica que o fenômeno será de fraca intensidade e curta duração. “Embora os impactos tradicionais do La Niña sejam menos prováveis, ainda são esperadas influências nas condições climáticas no decorrer do verão e início do outono”, avaliam os profissionais.
Os modelos climáticos sugerem que esta condição persista entre fevereiro e abril, com o retorno da normalidade logo em seguida. Contudo, não há consenso entre os modelos sobre a permanência das temperaturas baixas por esse período.
Impacto na agricultura
Os meteorologistas acompanham uma condição de estiagem leve no Oeste de Santa Catarina desde o final de dezembro. Se prolongada, ela pode prejudicar o desenvolvimento adequado da soja de segunda safra na região. É o que afirma Haroldo Tavares Elias, analista de socioeconomia da Epagri/Cepa. Ele relata que as lavouras já estabelecidas para a segunda safra do grão enfrentam falta de irrigação.
O analista recomenda que os agricultores permaneçam atentos à previsão do tempo, especialmente no que se refere à probabilidade de chuva para os próximos 15 dias. Assim, eles podem buscar o melhor cenário para dar continuidade à semeadura da soja. “Ainda estamos dentro da janela ideal de semeadura, que, em decorrência da falta de chuva, pode sofrer atraso e reduzir o potencial produtivo da cultura”, afirma.
Já a cultura do milho, que segundo Haroldo que está praticamente definido, sofreu pouco impacto com a leve estiagem. “As primeiras colheitas indicam produtividade satisfatória e uma produção dentro da normalidade”, afirma.
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Índice FipeZap supera a inflação oficial do país
O preço médio do aluguel residencial no país subiu 13,5% em 2024, de acordo com o Índice FipeZap. O valor do médio metro quadrado (m²) alcançou R$ 48,12, de acordo com o levantamento. Entre as capitais, Florianópolis detém o segundo metro quadrado mais caro (R$ 54,97), atrás somente de São Paulo (R$ 57,59).