Foto: Reprodução/Redes sociais
Casal teria realizado rifa milionária e nunca entregue o prêmio; armamento restrito foi encontrado em endereço do casal em Jurerê
O humorista gaúcho Nego Di e a esposa Gabriela Sousa foram alvos de uma operação policial que investiga lavagem de dinheiro com rifas na internet, deflagrada nesta sexta-feira (12) pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO).
Gabriela Sousa estava em Jurerê Internacional, em Florianópolis, e foi presa em flagrante por posse de arma de uso restrito das Forças Armadas encontrada sem registro. Para isso, a deflagração da Operação Rifa$ contou com o apoio do GAECO do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC).
A operação cumpriu mandados de busca e apreensão contra o casal no litoral catarinense. Nego Di e Gabriela Sousa são investigados pela possível lavagem de cerca de R$ 2 milhões após a promoção de rifas virtuais ilegais, além de possíveis fraudes nas redes sociais.
Segundo o MPRS, o GAECO buscou provas da realização do crime mediante rifas com premiações em dinheiro e bens de alto valor, que nunca teriam sido entregues aos vencedores. Outra meta do MPRS é coibir a lavagem de capitais realizada pelo casal de influenciadores, que ainda teriam utilizado documento falso nas redes sociais.
Carros de luxo e arma apreendidos
Segundo o promotor de Justiça Flávio Duarte, responsável pela investigação, durante a operação de hoje foram sequestrados dois veículos de luxo dos investigados, além da apreensão de munição e a arma de uso restrito. Ainda segundo Duarte, o objetivo das buscas também é recolher documentos, mídias sociais, celulares, entre outros, para se ter uma dimensão exata dos crimes praticados e valores obtidos pelo casal gaúcho.
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Flávio Duarte também obteve da Justiça o bloqueio de valores, além da indisponibilidade de bens dos investigados e de terceiros vinculados aos fatos apurados. A Operação Rifa$ conta também como apoio da promotora de Justiça Maristela Schneider.
O que diz a defesa
A defesa de Nego Di e Gabriela Sousa afirma que ainda teve acesso ao inquérito e não tem conhecimento dos fatos investigados. Os advogados afirmam em nota que a inocência dos investigados será provada em momento oportuno. Leia na íntegra:
A defesa esclarece que até o presente momento não teve acesso aos autos do inquérito conduzido pelo Ministério Público. Portanto, qualquer divulgação de informações carece de cautela para evitar uma condenação prévia e irreparável à imagem dos investigados.
Esclarecemos ainda que a inocência dos investigados será provada em momento oportuno, conforme o devido processo legal. A defesa reitera a importância do princípio da presunção de inocência e solicita que quaisquer informações sejam divulgadas com responsabilidade e respeito aos direitos fundamentais.
Hernani Fortini, Jefferson Billo da Silva, Flora Volcato e Clementina Ana Dalapicula