Ao participar da abertura de uma exposição interestadual de ovinos em Lages, na noite desta quarta-feira (26), até mesmo como produtor, junto com o irmão Victor, o deputado estadual e presidente da Alesc Moacir Sopelsa conversou comigo. Entre os pontos de destaque na entrevista, falou sobre a necessidade da reconstrução do MDB. Segundo apontou, precisa ser observado aquele que deve ser o governador a partir do próximo domingo. Então, com o governo definido, a reconstrução vai depender de como vão ser feitas também as composições, e qual o interesse, do gestor, sobre compartilhar algo com o MDB. Além disso deu a entender que o MDB se tornou um partido nanico e que vai precisar pensar em fusão com outras siglas alinhadas.
MDB caminhou mal
Sopelsa foi categórico ao afirmar que o MDB caminhou muito mal nos últimos dois anos. Não soube construir uma proposta desde a eleição de quatro anos atrás, quando não foi para o segundo turno. Não se conscientizou de que, pela primeira vez da história das eleições que o MDB teve candidato, o partido até podia ter perdido a eleição no primeiro turno. Mas, quando houve dois turnos, o Partido sempre estava no segundo. Faltou mais trabalho. “Nós caminhamos mal. E quando se decidiu em fazer a prévia para escolher candidatos, essa prévia, em vez de somar, ela dividiu ainda mais o nosso partido. Nós perdemos companheiros, como o senador Dário Berger, como o ex-deputado federal Valdir Colatto, e tantos outros. É muita gente. Acabou”, disse.
Sobre a eleição da Mesa Diretora na Alesc
Assim respondeu: na Assembleia sempre houve o entendimento, especialmente depois da mudança em se fazer a eleição da Mesa Diretora com o voto aberto. Sempre se fez uma composição democrática, que tenha a participação de todos os que querem compor. Na Assembleia não há o privilégio de eleger como Presidente o mais votado, nem o menos votado. Se estiver eleito e diplomado, os 40 têm o mesmo direito. Será feito mais uma vez um entendimento. Acho também, que o Governador eleito precisará ter dentro da Assembleia a base de sustentação política. E dos nomes que estão sendo cogitados para presidente, aquele que tiver condições de fazer 21 votos, ele vai fazer os 40. E o MDB está tentando fazer o trabalho de composição, mas respeitando as demais candidaturas postas. Por fim, para o Governo, o MDB se for convidado, ele deve contribuir, caso contrário, vamos fazer nosso trabalho, com oposição inteligente.