Foto: PF/Divulgação
Buscas e apreensões foram realizadas em Bombinhas (SC) e Curitiba (PR)
Uma operação da Polícia Federal que investiga uma organização criminosa envolvida na ocultação de bens comprados com recursos desviados do Sistema Único de Saúde (SUS) cumpriu um mandado de busca e apreensão em Bombinhas, no Litoral Norte de Santa Catarina, na manhã desta quinta-feira (4).
A Operação Moto-perpétuo II busca identificar os membros dessa organização, suspeitos de servirem como “laranjas” para ocultar o patrimônio ilícito obtido pelos indiciados em outra operação, a Fidúcia, deflagrada em 2015. Na ocasião, descobriu-se que os investigados utilizaram Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIPs) para fraudar licitações e desviar R$ 14 milhões do SUS.
Ao todo, foram cumpridos nesta quinta-feira três mandados de busca e apreensão, também em Curitiba (PR). A PF e a Receita Federal sequestraram também seis imóveis, avaliados em R$ 15 milhões.
Novos bens ocultados e novos participantes foram identificados, levando a medidas cautelares adicionais. Os alvos são investigados pelos crimes de lavagem de capitais, associação criminosa e organização criminosa, com penas de até 18 anos de prisão.
R$ 30 milhões em bem ocultados
A primeira fase da Operação Moto-perpétuo foi deflagrada em abril deste ano nas cidades de Curitiba (PR), São Paulo (SP) e Balneário Camboriú (SC). Na ocasião, foram cumpridos 13 mandados de busca e apreensão em residências e empresas ligadas aos suspeitos.
A primeira fase contou também com o sequestro de 10 imóveis avaliados em mais de R$ 20 milhões, a apreensão de veículos de luxo e de valores acima de R$ 10 mil, e o bloqueio de cotas sociais de duas empresas com capital somado em R$ 500 mil. Desta forma, a investigação encontrou quase R$ 30 milhões em bem ocultados.