Foto: Polícia Militar/ MPSC
Julgamento foi um dos mais longos já realizados no Meio-Oeste
Após três dias intensos, o Tribunal do Júri em Tangará concluiu, na noite de quarta-feira (30), o julgamento de oito réus acusados pela morte do policial militar Marcos Alberto Burzanello. O caso, que teve ampla repercussão na região, terminou com sentenças de reclusão entre 5 e 22 anos para os envolvidos, após a apresentação da denúncia pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC).
Seis dos acusados foram condenados por homicídio qualificado com penas de até 22 anos de prisão. Outros dois receberam condenações menores, de cinco anos e quatro meses em regime semiaberto, por lesão corporal seguida de morte. O julgamento, um dos mais longos do Meio-Oeste catarinense, começou na segunda-feira (28) e foi realizado no Clube Rio Bonitense devido à grande presença de público.
O caso, ocorrido em 3 de dezembro de 2022, envolveu um ataque a Burzanello, que, de folga, tentava evitar uma briga em uma boate. O PM foi agredido com socos, chutes e golpes com objetos contundentes, impossibilitando qualquer reação. Câmeras de segurança capturaram a ação, que também envolveu uma tentativa dos agressores de tomar o revólver do policial, resultando em um disparo acidental na perna da vítima. Ele foi hospitalizado, mas não resistiu, deixando uma filha de quatro anos.
Além da forte segurança, o julgamento teve momentos de tensão, como quando uma jurada passou mal e precisou de atendimento médico. As qualificadoras nas condenações dos réus incluem motivo fútil, meio cruel e o uso de recurso que dificultou a defesa da vítima.