24 de novembro de 2024
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Policial

Operação Balthus: terceiro advogado é alvo de mandado de prisão

Foto: Divulgação/MPSC

Ao todo, quatro pessoas foram presas em investigação de ‘sintonia’ entre detentos

Mais um advogado foi preso nesta sexta-feira (14) pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO) e o Grupo Estadual de Enfrentamento a Facções Criminosas (GEFAC) no âmbito da Operação Balthus, que investiga advogados suspeitos de facilitarem a comunicação entre presos.

Este é o terceiro profissional alvo de um mandado de prisão preventiva expedido pela Vara Criminal da Comarca de Joaçaba, a pedido da 3ª Promotoria de Justiça da Comarca de Joaçaba. Ainda, uma quarta pessoa foi presa em flagrante por posse irregular de arma de fogo.

 

A expedição desse terceiro mandado de prisão é consequência da análise dos documentos apreendidos durante buscas realizadas nessa quinta-feira (13). Além das prisões, três advogados tiveram o exercício da profissão suspensos como medida cautelar no decorrer das investigações.

A Operação Balthus foi deflagrada na manhã de ontem, após mais de um ano de investigações sobre advogados suspeitos de abusar de suas prerrogativas legais para facilitar a “sintonia” entre detentos do sistema prisional.

Além das prisões, foram cumpridos 12 mandados de busca e apreensão nas cidades de Joaçaba, Capinzal, Ouro, Água Doce e Piratuba, no Meio-Oeste catarinense.

Por que “Balthus”?

A Operação Balthus recebeu esse nome em alusão a um tipo específico de nó de gravata, o nó Balthus. No linguajar prisional, “gravata” é o termo utilizado por detentos para se referir aos advogados. O nome da operação reflete diretamente o foco das investigações: advogados suspeitos de abusar de suas prerrogativas profissionais para facilitar a comunicação, ou – sintonia-, entre os presos.

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Segundo o MPSC, esse processo de comunicação coloca a sociedade em risco e promove o crescimento e avanço contínuo de organizações criminosas, principalmente porque tem se tornado um método eficaz para o funcionamento do sistema de comunicação entre criminosos, garantindo que informações ilícitas continuem sendo transmitidas, por meio de advogados, entre eles e para terceiros.