A Operação Dionísio II foi deflagrada nesta quarta-feira (14), com a participação de vários órgãos de segurança do Brasil e da Administración Federal de Ingresos Públicos (Afip), órgão responsável pelo controle aduaneiro na Argentina. A ação integrada combate o comércio ilegal de vinho na região da fronteira com a Argentina, no Paraná e Santa Catarina.
O objetivo é combater a concorrência desleal, beneficiando os produtores, transportadores e revendedores da bebida nos dois países que agem dentro da legalidade. De acordo com a Receita Federal, a apreensão de vinhos na região de fronteira com a Argentina tem crescido ao longo dos últimos anos.
Em 2018, foram apreendidas cerca de 45 mil garrafas de vinho no País. Em 2021, este número saltou para cerca de 595 mil, um valor total de cerca de R$ 90 milhões.
Deste total, cerca de 27 mil foram apreendidas durante a primeira edição da Operação Dionísio, realizada nos cinco primeiros dias de março de 2021.
Ao longo do ano de 2022, ações direcionadas em depósitos, lojas, transportadoras e agências de correio, além de abordagens nas estradas do Paraná e Santa Catarina. Nos dois estados, foram apreendidas mais de 113 mil garrafas neste ano, algumas com valor de revenda no varejo próximos a R$ 2.000, atingindo um valor estimado de R$ 9 milhões.
A Receita Federal selecionou os alvos baseado em dados coletados durante a primeira edição da Operação Dionísio e em investigações realizadas ao longo dos últimos meses, que permitiram a localização de depósitos, transportadoras e lojas que infringiam a lei em suas atividades.
No lado argentino, a Afip realizou fiscalizações junto aos revendedores de vinhos e depósitos para conferir a regularidade dos produtos a serem exportados, utilizando até mesmo um laboratório móvel para conferir a legitimidade das bebidas.
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