16 de setembro de 2024
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Policial

Operação contra empresa de criptomoedas apreende carros de luxo na Grande Florianópolis

Cinco investigados já deixaram o país e alguns deles residem em Dubai e na Florida

A Polícia Civil de Santa Catarina, deflagrou nesta quinta-feira (6) a Operação Cripto X, na Grande Florianópolis. Ao todo foram cumpridos 18 mandados de busca e apreensão contra uma empresa de criptomoedas que prometia lucros de 40% para os investidores. Nas buscas, foram apreendidos 15 carros de luxo e um jet ski, que representam um patrimônio de cerca de R$ 3,5 milhões.

Participaram da operação a Delegacia de Defraudações e a Delegacia de Investigações à Lavagem de Dinheiro, ambas da Diretoria Estadual de Investigações Criminais da Polícia Civil de Santa Catarina (DEIC), juntamente com a 29ª Promotoria de Justiça do MPSC,

Em entrevista coletiva, o delegado Leonardo da Silva, da Delegacia de Defraudações da DEIC, disse que “nos últimos 3 anos, essa empresa movimentou valores de aproximadamente R$ 900 milhões e cerca de sete mil pessoas foram lesadas”.

 

O delegado informou que foram decretadas medidas cautelares para retenção do passaporte dos investigados, impossibilitando que eles se ausentem da comarca. Os investigados também estão impedidos de operar no mercado financeiro ou com qualquer operação de investimento.

O Diretor da DEIC, Delegado Daniel Régis, destacou a operação deflagrada pela Delegacia de Fraudações. “Além da organização criminosa e crimes de estelionato vão responder também pela lavagem de capitais. A gente aprofunda as investigações e acaba atingindo patrimônio não só desses indivíduos, mas também de interpostas pessoas pelas quais eles, eventualmente, possam ter escondido o patrimônio”, afirmou. Ele frisou ainda a importância de que as pessoas se atentem sobre este tipo de investimento.

O Promotor de Justiça, do MPSC Wilson Paulo Mendonça Neto, enalteceu a importância da operação. “A ação de hoje é importante forma de reter patrimônio dos investigados para tentar reverter dos prejuízos das vítimas. As investigações agora continuam para possibilitar em breve a deflagração das ações penais e civis pertinentes e a responsabilização dos investigados”, declarou.

Porém, foi constatado que cinco investigados já deixaram o país, sendo que alguns deles estão residindo em Dubai e na Florida. Participaram da operação 30 policiais civis. As investigações seguem no intuito de identificar demais vítimas e envolvidos.

Foto: PCSC / Reprodução