19 de setembro de 2024
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Operação da PF combate o tráfico de drogas em portos de SC

Buscas foram realizadas em residências de funcionários de portos catarinenses. Imagem: PF.

Em Santa Catarina foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão, além de quatro de prisão

A ação, denominada “Operação Looping”, foi deflagrada na manhã desta terça-feira (13) pela Polícia Federal, com apoio da Receita Federal. O objetivo foi combater uma quadrilha especializada no tráfico de drogas que atuava em portos no sul do Brasil. Estão cumprindo 27 mandados de busca e apreensão e 12 mandados de prisão, em doze cidades, nos estados de Santa Catarina, Paraná e São Paulo.

Participaram dos trabalhos cerca de 150 policiais federais e seis auditores fiscais da Receita Federal. A justiça decretou ainda a arrecadação e o sequestro de 68 veículos, seis imóveis e o bloqueio de mais de 30 contas bancárias de integrantes da organização. Em Santa Catarina a ação ocorreu em Criciúma, Itapoá, Itajaí/SC, Navegantes e Brusque.

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As investigações levantaram provas que para exportar a droga a quadrilha envolvia funcionários dos portos e criava empresas de logística, de carregamento e transporte de contêineres. O entorpecente era trazido da Bolívia e embarcado em navios que tinham como destino países da África e da Europa. Parte da droga também era distribuída no Brasil abastecendo facções criminosas.

Segundo o Delegado responsável pela operação, Alessandro Neto Vieira, durante as investigações, foram presas 16 pessoas em flagrante e realizadas 22 apreensões de cocaína, totalizando aproximadamente seis toneladas da droga. Se condenados a pena dos investigados pode chegar a 30 anos de prisão. “No desdobramento dessas apreensões realizamos a operação para prender demais elementos que compões essa organização criminosa e desbaratar o esquema”, explicou o delegado.

Ele declarou ainda que os traficantes aproveitam a grande estrutura portuária de Santa Catarina para cooptar a mão de obra das unidades portuárias e assim facilitar o acesso as estruturas. “Eles usavam caminhões e caretas com fundos falsos, no interior dos pátios de carga realizavam o transbordo da droga para os contêineres que eram embarcados nos navios”, completou.