23 de novembro de 2024
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Paulo Chagas

Operação Mensageiro: instauração de CPI deverá se consolidar na Alesc

Imagino que não será difícil a coleta das 14 assinaturas necessárias para a instauração da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), na Alesc, proposta pelo deputado Sargento Lima (PL), exatamente para apurar os passos do que vem ocorrendo nos municípios, em ações já concretizadas pela Operação Mensageiro. No entanto, um passo desses também mexe com partidos e com aliados nos municípios, muito embora, a população queira saber, e isso independe de o deputado Lima ganhar dividendos e holofotes. Trata-se de um processo que vai incomodar diversas cabeças da política do Estado, pois, pode escancarar participações de servidores, e por certo, expor ainda mais prefeitos de renome, como Antonio Ceron (PSD), de Lages, e Joares Ponticelli (PP), de Tubarão. (Foto: Bruno Collaço / Agência AL)

População vai querer respostas

Deputado Sargento Lima (PL) busca assinaturas para abertura da CPI / Foto: Rodolfo Espínola / Agência AL

No andar das investigações da CPI, caso se consolide, correligionários deverão ser atingidos, e regionalmente pode respingar em pessoas que a gente nem imagina, e até mesmo em gabinetes do Parlamento. Seja como for, os deputados estão em uma situação melindrosa, mas ao mesmo tempo, diante de uma necessidade, em que a população vai querer respostas. Não terão como negar a abertura da CPI, sem criar suspeitas ou manchar a reputação. Enquanto isso, em Lages, o processo está encaminhado na Câmara de Vereadores. As seis assinaturas para abertura de CPI para investigar os contratos terceirizados com a Semasa, estão garantidas, e o requerimento pronto para ser protocolado.

Valores impressionam

Foto divulgação / MPSC

Aos poucos estão sendo reveladas informações do esquema da organização criminosa e lavagem de dinheiro no setor de coleta e destinação de lixo em diversas regiões e que escandaliza Santa Catarina. Alguns números revelados, embora ainda não oficiais, deram uma real noção de como o sistema ocorria. Estimados mais de R$ 100 milhões circularam em forma de distribuição de propina, e perto de R$ 430 milhões teria sido o lucro ilícito da empresa envolvida. Um prejuízo gigante aos cofres públicos. O lado positivo tem sido a celeridade dos agentes do GAECO, do GEAC, e do MP/SC. Tanto, que já na próxima semana o MPSC já deve oferecer denúncia contra os prefeitos acusados.