Viatura em frente a Câmara Municipal da Capital. Imagem: Redes Sociais.
Foram cumpridos 26 mandados de busca e apreensão e seis ordens de afastamento de servidores
Na manhã desta sexta-feira (28) foi realizada a terceira fase da Operação Presságio. A ação foi realizada pela Polícia Civil, através da Delegacia de Investigação de Crimes Ambientais e Crimes contra Relações de Consumo, da DEIC, cumpriu 26 mandados de busca e apreensão em Florianópolis e São José, além de seis ordens de afastamento de cargo público de servidores da Prefeitura da Capital. Participaram da Operação 105 Policiais Civis.
Entre os alvos estão servidores públicos, que apesar de operarem no esquema criminoso, permaneceram ocupando cargos públicos comissionados e terceirizados, que foram remanejados de cargos após a deflagração da primeira fase da operação. Dentre os suspeitos também estão pessoas identificadas como emissoras de notas fiscais frias para projetos sociais e empresários do ramo de eventos e esportivo.
As buscas foram realizadas nas residências dos investigados e em dois órgãos públicos municipais. Foram apreendidos aparelhos telefônicos e documentos relacionados aos fatos sob apuração.
Câmara de Florianópolis
Através de nora a Câmara Municipal de Florianópolis informou que o alvo da operação no legislativo da Capital foi um servidor da Câmara, mas as ações não teriam nenhuma relação com o órgão. Da mesma forma, destacou que segue à disposição para colaborar com as investigações.
Confira a nota na íntegra
Nota Oficial
A Câmara Municipal de Florianópolis vem por meio desta se pronunciar sobre operação da Polícia Civil que aconteceu nesta manhã (28), com diligências na Prefeitura e Câmara de Florianópolis.
De acordo com informações públicas, trata-se de ação de um servidor da Câmara, porém, as ações não teriam nenhuma relação com a Câmara. O Legislativo está auxiliando em tudo o que está ao seu alcance e segue à disposição para colaborar no que for necessário.
Câmara Municipal de Florianópolis
Novas provas do esquema criminoso
A ação se deu em função do aprofundamento da investigação que descobriu um esquema estruturado de desvio de recursos públicos na Secretaria Municipal de Turismo, Cultura e Esporte de Florianópolis, através de contratos com organizações filantrópicas. Nesta fase da investigação além da ampliação do número de pessoas investigadas foi identificada uma segunda secretaria municipal supostamente envolvida no esquema.
De acordo com a Polícia Civil os investigados atraiam pessoas para a emissão de notas fiscais fraudulentas, sem a devida prestação dos serviços. Com as notas fiscais frias recebiam o pagamento e repassavam os recursos para o operador financeiro do grupo, chamado de criminoso pela Polícia Civil.
Durante a fase, realizada no dia 29 de maio, quatro pessoas tiveram a prisão preventiva decretada e permanecem detidas. Dentre elas, o ex-secretário de Turismo, Cultura e Esporte de Florianópolis, Edy Pereira. No total, 18 suspeitos foram indiciados pelos crimes de peculato e falsidade ideológica, dentre outros delitos.
