Ele se recuperava de uma pneumonia bilateral e chegou a ficar hospitalizado por 38 dias
O Vaticano confirmou, na manhã desta segunda-feira (21), a morte do Papa Francisco. O pontífice, que completaria 89 anos em dezembro, vinha enfrentando problemas de saúde nos últimos meses. O anúncio foi feito pelo Cardeal Kevin Farrell, por meio de comunicado oficial. “Nesta manhã, às 7h35 (horário de Roma), o Bispo de Roma, Francisco, retornou à casa do Pai”, informou a nota. O Vaticano ainda não informou detalhes sobre as cerimônias fúnebres e sobre o conclave que escolherá o novo papa.
No domingo de Páscoa, chegou a fazer uma breve aparição na sacada da Basílica de São Pedro, onde abençoou os fiéis reunidos na Praça, mas por orientação médica não participou dos ritos da Semana Santa. Ele se recuperava de uma pneumonia bilateral, desde o fim de março, e chegou a ficar hospitalizado por 38 dias.
Confira a nota do Vaticano
Às 9h47 desta manhã, Sua Eminência o Cardeal Kevin Joseph Farrell, Camerlengo da Santa Igreja Romana, anunciou com tristeza a morte do Papa Francisco, com estas palavras:
“Queridos irmãos e irmãs, é com profunda tristeza que devo anunciar o falecimento do nosso Santo Padre Francisco. Às 7h35 desta manhã, o Bispo de Roma, Francisco, retornou à casa do Pai. Toda a sua vida foi dedicada ao serviço do Senhor e da Sua igreja.
Ele nos ensinou a viver os valores do Evangelho com fidelidade, coragem e amor universal, especialmente em favor dos mais pobres e marginalizados. Com imensa gratidão por seu exemplo como verdadeiro discípulo do Senhor Jesus, encomendamos a alma do Papa Francisco ao infinito amor misericordioso do Deus Uno e Trino.”

Estilo simples
Natural de Buenos Aires, na Argentina, Jorge Mario Bergoglio, chegou ao mais alto posto da Igreja Católica em março de 2013. Papa Francisco foi o primeiro latino-americano e jesuíta a ser eleito para o cargo. Escolheu o nome em referência a São Francisco de Assis para focar em uma Igreja mais simples, próxima dos pobres e defensora das causas sociais e ambientais.
Com um jeito afetuoso conquistou admiradores em diferentes partes do mundo. Ele trocou o luxo do Palácio Apostólico pela vida na Casa Santa Marta, no Vaticano. Era comum ele dividir as refeições com funcionários e hóspedes. Preferia deslocar-se em veículos comuns e, sempre que possível, andava a pé pelos corredores da Santa Sé.

O papado
Dentro da Igreja, embora não tenha promovido reformas doutrinárias de grande impacto, estimulou a reflexão sobre temas como o celibato e a presença feminina na estrutura eclesiástica. Para defender o que acreditava enfrentou desafios e resistências ao propor uma gestão mais aberta e menos centralizada. Ainda na área social promoveu debates sobre o cuidado com os povos indígenas e a proteção das minorias. Nos 11 anos de papado, Francisco destacou-se por fortes discursos contra a desigualdade, o consumismo e a indiferença das pessoas em relação ao sofrimento humano, como a defesa de refugiados, sem-teto e da preservação ambiental.
No cenário internacional, mesmo em meio a conflitos como a guerra na Ucrânia, defendeu o diálogo inter-religioso e da paz. Além disso, Francisco fez história ao visitar regiões de tensão religiosa e social, como a República Centro-Africana, o Iraque e os Emirados Árabes Unidos. O Papa também teve de lidar com as graves denúncias de abusos sexuais envolvendo clérigos em diversas partes do mundo. Embora tenha reforçado o discurso de “tolerância zero” e determinado investigações internas, críticos apontaram que nem todos os casos tiveram consequências efetivas para os responsáveis.
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