20 de setembro de 2024
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Economia

Pesquisa: Florianópolis tem a terceira cesta básica mais cara entre capitais brasileiras

Em comparação a julho, o preço da cesta básica caiu em 16 das 17
capitais pesquisadas no mês de agosto pelo Dieese

Atrás apenas de Porto Alegre e São Paulo, Florianópolis é a capital brasileira com a terceira cesta básica mais cara. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (6) pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), que pesquisa mensalmente o preço da cesta de alimentos em 17 capitais.

Na capital catarinense, a pesquisa revelou que a cesta custa R$ 743,94, enquanto que nas capitais gaúcha e paulista os valores são de R$ 760,59 e R$ 748,47, respectivamente. Logo abaixo de Florianópolis, vem o Rio de Janeiro, onde a cesta básica custa R$ 722,78. Os menores valores foram registrados em Aracaju, R$ 542,67; João Pessoa, R$ 565,07; e Salvador, R$ 575,81.

Preço cai em 16 capitais

Em comparação a julho, o preço da cesta básica de alimentos caiu em 16 das 17 capitais pesquisadas no mês de agosto. As maiores quedas ocorreram em Natal (5,2%), Salvador (3,3%), Fortaleza (2,8%), João Pessoa (2,7%) e São Paulo (2,7%). A única elevação ocorreu em Brasília, de 0,3%.

 

Comparado ao preço da cesta básica de agosto com o do mesmo mês de 2022, houve queda em nove capitais, com variações que oscilaram entre 5,24%, em Vitória, e 0,08%, em Curitiba. A elevação nos preços foi apresentada em oito cidades, com destaque para Fortaleza, com 2,50%; Porto Alegre, 1,67%, e Belo Horizonte, com 1,23%.

No acumulado dos oito primeiros meses do ano até agosto, o custo da cesta básica caiu em 12 capitais, com destaque para Vitória, com queda de 9,32%; Goiânia, 8,96%; Belo Horizonte, queda de 7,22%, e Campo Grande, 7,06%. Os maiores percentuais foram registrados em Aracaju, com alta de 4,15%, e Recife, 2,77%.

Produtos

O preço do leite integral e da batata registraram queda em todas as 17 capitais pesquisadas; o do feijão carioquinha caiu em todos os locais onde é pesquisado – Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Belo Horizonte e São Paulo; o do feijão tipo preto diminuiu em três das cinco capitais onde é pesquisado; e o da carne bovina de primeira e do tomate caíram em 14 das 17 capitais pesquisadas.

Já o preço do pão francês apresentou elevação em 11 das 17 cidades pesquisadas, assim como o do arroz agulhinha, que aumentou em 12 das 17 capitais pesquisadas.

Salário 5 vezes menor do que o ideal

Com base na cesta mais cara que, em agosto, foi a de Porto Alegre, e levando em consideração a determinação constitucional de que o salário mínimo deveria ser suficiente para suprir as despesas da família de um trabalhador, o Dieese estima que o valor do salário mínimo necessário, no oitavo mês do ano, deveria ter sido R$ 6.389,72. Isto é: 4,84 vezes mais do que o salário mínimo em vigor, que atualmente é de R$ 1.320.

Entre as despesas estipuladas constitucionalmente estão alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência.

Com informações da Agência Brasil
Foto: Valter Campanato / Agência Brasil