O dia 30 de dezembro de 2019 marcou o fim de uma longa espera para os catarinenses. Após 28 anos, o principal cartão postal de Santa Catarina estava, enfim, reaberto para a população.
Uma multidão de 200 mil pessoas passou pelo monumento apenas no primeiro dia da reinauguração, aproveitando uma programação com apresentações culturais e demais atrações. O mesmo cenário se repetiu nos dias seguintes, quando até mesmo saltos de bungee jumping ocorreram na estrutura.
Três anos depois, a Ponte Hercílio Luz está, mais uma vez, totalmente integrada ao cotidiano de Florianópolis. Quase 50 mil veículos passam pela estrutura todos os dias da semana, além de milhares de pedestres e ciclistas. Aos sábados e domingos, o local mais fotografado do Estado vira uma gigantesca área de lazer, com famílias e esportistas desfrutando do espaço ao ar livre.
O governador Carlos Moisés lembra o desafio que foi reabrir a ponte ainda em seu primeiro ano de mandato. Ele herdou uma obra que se arrastava há anos, repleta de obstáculos do ponto de vista técnico e financeiro.
Em menos de um ano, foram realizados testes de carga e tudo foi organizado cuidadosamente para que pessoas e veículos retornassem ao monumento, inaugurado inicialmente em 1926.
“A ponte é um patrimônio histórico de Santa Catarina. Hoje, ela representa um equipamento de mobilidade urbana e de turismo, que atrai pessoas de outros estados para nos visitar. A reabertura da Hercílio Luz, em 2019, também representou o fechamento de uma torneira, que drenava recursos públicos. Nos anos seguintes, pudemos usar esse dinheiro para investir nos municípios catarinenses”, afirma o governador.
Ao longo do tempo, a falta de manutenção foi a principal causa das interdições da Hercílio Luz. A primeira delas ocorreu em janeiro de 1982 e durou seis anos. Em 1988, a estrutura foi reaberta para pedestres, ciclistas, motociclistas e veículos de tração animal. A ponte permaneceu aberta até 1991, quando ocorreu nova interdição, que desta vez durou 28 anos.
Para evitar problemas semelhantes no futuro, o Governo do Estado assinou um contrato de manutenção, que inclui lavação com água doce, vistorias periódicas e troca de peças danificadas. Por ter uma estrutura singular, com metal e barras de olhal, esse tipo de serviço é essencial para a longevidade da obra.
Foto: Ricardo Wolffenbüttel /Secom/Reprodução