Imagem: Tânia Rêgo
Capital catarinense fica em 2º na lista dos produtos mais caros, mesmo com redução
Um levantamento de preços de itens de consumo básicos nas capitais do país identificou uma redução de 0,09% em Florianópolis em janeiro de 2025. A Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos (PNCBA) foi divulgada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE).
Além de Florianópolis, outras três das 17 capitais pesquisadas registraram uma queda no valor dos itens da cesta básica: Porto Alegre (-1,67%), Vitória (-1,62%) e Campo Grande (-0,79%).
As maiores altas nos preços da cesta básica ocorreram em Salvador (6,22%), Belém (4,80%) e Fortaleza (3,96%).
Veja os valores das cestas básicas nas capitais pesquisadas:
Mesmo Florianópolis tendo uma queda no preço dos produtos básicos, a capital catarinense ficou em segundo lugar no ranking das pesquisas das cestas básicas mais caras do país.
- · São Paulo: R$ 851,82
- · Florianópolis: R$ 808,75
- · Rio de Janeiro: R$ 802,88
- · Porto Alegre: R$ 770,63
- · Campo Grande: R$ 764,24
- · Goiânia: R$ 756,92
- · Brasília: R$ 756,03
- · Curitiba: R$ 743,69
- · Vitória: R$ 735,31
- · Belo Horizonte: R$ 717,51
- · Fortaleza: R$ 700,44
- · Belém: R$ 697,81
- · Natal: R$ 634,11
- · Salvador: R$ 620,23
- · João Pessoa: R$ 618,64
- · Recife: R$ 598,72
- · Aracaju: R$ 571,43
Salário mínimo e impacto no custo de vida
Segundo o Dieese, para garantir o sustento de uma família de quatro pessoas, o salário mínimo deveria ter sido de R$ 7.156,15 em janeiro. No ano anterior, esse valor deveria ter sido de R$ 6.723,41, representando 4,76 vezes o mínimo vigente.
Um estudo divulgado em dezembro pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) indica que a renda média do trabalhador brasileiro foi de R$ 3.279,00 em outubro de 2024, dado mais atual disponível.
A inflação acumulada nos últimos 12 meses, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), foi de 4,8%, valor próximo ao aumento da cesta básica.
A análise do Dieese liga o aumento da cesta básica ao comportamento de três itens principais: o café em pó, que subiu em todas as cidades nos últimos 12 meses; o tomate, que aumentou em cinco cidades, mas diminuiu em outras 12 nesse período, mas teve aumento acima de 40% em Salvador, Belo Horizonte, Brasília e Rio de Janeiro, por conta das chuvas; e o pão francês, que aumentou em 16 cidades pesquisadas nos últimos 12 meses, o que se atribui a uma “menor oferta de trigo nacional e necessidade maior de importação, nesse cenário de câmbio desvalorizado”.
O reajuste poderia ter sido maior, porém, foi contido por itens como a batata, que diminuiu em todas as capitais no último ano, o leite integral, que, apesar do reajuste durante o ano, teve queda em 12 cidades em dezembro, e o arroz agulhinha e o feijão preto, que têm caído de preço nos últimos meses por conta de aumento na oferta.
Principais fatores que influenciaram os preços
O Dieese atribui a alta da cesta básica principalmente ao aumento do café em pó, que subiu em todas as capitais nos últimos 12 meses. O pão francês também teve elevação em 16 das 17 cidades pesquisadas, devido à menor oferta de trigo nacional e à necessidade de importação.
Já o tomate teve aumento significativo em algumas cidades, ultrapassando 40% em Salvador, Belo Horizonte, Brasília e Rio de Janeiro, impactado pelas chuvas.
Por outro lado, a batata teve queda em todas as capitais ao longo do último ano. O leite integral também registrou redução em 12 cidades em dezembro. O arroz e o feijão preto apresentaram diminuição nos preços devido ao aumento da oferta.
SC amplia vacinação contra dengue para jovens de 15 e 16 anos
Decisão da Secretaria da Saúde pretende aumentar a cobertura vacinal no estado
Santa Catarina ampliará a faixa etária da vacinação contra a dengue. A decisão foi tomada nessa quinta-feira (6) durante a primeira reunião do ano da Comissão Intergestores Bipartite (CIB), que reúne a Secretaria de Estado da Saúde e as Secretarias Municipais de Saúde. Com a mudança, os municípios que já vacinam adolescentes de 10 a 14 anos poderão estender a imunização para jovens de 15 e 16 anos. A medida busca aumentar a cobertura vacinal no estado e reforçar a prevenção contra a doença.
A ampliação da vacinação contra a dengue vai depender da disponibilidade de doses em cada município. As prefeituras deverão definir como será a expansão, garantindo que haja imunizantes suficientes para completar o esquema vacinal. Atualmente, 76 municípios das regiões Nordeste, Vale do Itapocu, Grande Florianópolis, Médio Vale do Itajaí e Oeste já possuem vacinas contra a doença.